Na noite desta terça (06), o Athletico Paranaense vai ao Allianz Parque encarar o Palmeiras, pelo jogo da volta da semifinal da Libertadores. O time de Felipão joga pelo empate para avançar, já que venceu a primeira partida por 1 a 0.
Porém, o Athletico não terá a presença do seu treinador à beira do gramado. O técnico bicampeão da Libertadores foi expulso na partida de ida e cumpre suspensão automática. No lugar dele estará Paulo Turra, que também é muito conhecido da torcida palmeirense.
O “fiel escudeiro” de Felipão, em toda sua carreira vitoriosa, sempre foi Murtosa. No entanto, desde 2017, Paulo Turra trabalha como auxiliar de Felipão. Ele começou no Guangzhou Evergrande, da China. Em 2018, quando Felipão retornou ao Palmeiras, Murtosa resolveu se aposentar. A partir daí, Turra se tornou o “braço direito” do treinador.
Aquele Palmeiras que foi campeão Brasileiro de 2018 tinha como ponto forte a defesa. No ano seguinte, em 2019, o Verdão ficou mais de mil minutos sem sofrer gols com a dupla Gómez e Luan juntos.
E o grande responsável por arrumar a defesa do Palmeiras foi Paulo Turra, que, quando jogador, foi zagueiro. Turra foi muito elogiado no Verdão nessa última passagem de Felipão pelo clube, entre 2018 e 2019.
Depois, os dois ainda trabalharam juntos no Cruzeiro, Grêmio e agora no Athletico.
Parceria entre Turra e Felipão vem desde a época de jogador
Paulo Turra construiu esse relacionamento com Luiz Felipe Scolari desde a época de jogador e, curiosamente, no Palmeiras, adversário de amanhã.
O então zagueiro chegou ao Palmeiras em 2000, quando o clube era treinado por Felipão. O técnico acabou deixando o Palmeiras naquele ano, mas Turra permaneceu até 2001.
Depois, o atleta jogou no futebol português, de 2001 até 2005, onde teve novamente um contato com Scolari, uma vez que Felipão era técnico da seleção portuguesa.
Paulo Turra ainda jogou no Botafogo, Sertãozinho e Avaí, onde se aposentou em 2007. Vale lembrar, porém, ele foi revelado pelo Caxias, em 1994.
Carreira de Paulo Turra como treinador
Paulo Turra, hoje auxiliar de Felipão, já teve experiências como treinador principal. Ele iniciou sua carreira em 2008, dirigindo o Novo Hamburgo. Depois, teve passagens pelo Esportivo, Brusque, Cianorte, Operário, Caxias e Avaí. Pelo Cianorte, foi campeão da 2ª divisão do Campeonato Paranaense, em 2016.
Durante esse período em que foi treinador, fez estágios com grandes técnicos do futebol brasileiro. Primeiro, com Muricy Ramalho, em 2010, no Fluminense. Depois, com Felipão no Palmeiras, em 2011. E por fim, com o atual treinador da Seleção, Tite, em 2013 no Corinthians.
Já lançou até livro
Paulo Turra tem uma carreira curta como treinador, mas é um grande estudioso. No começo desse ano, ele lançou um livro chamado “O futebol que não se vê”. A obra conta com diversas análises táticas de jogos, com foco em lances individuais de atacantes e zagueiros.
Em entrevista ao blog Painel Tático, do “ge”, Turra revela que o livro tem 10 ações que influenciam no modelo de jogo que ele coloca na sua equipe, mas deixa claro que o individual também é muito importante.
“São ações que, no individual, fazem com que o modelo dê certo ou não. No fim, o jogo é a união entre o modelo do treinador e uma série imensa de ações individuais. Não adianta você estar bem postado e errar individualmente. Acredito muito no detalhe, e a ideia do livro é justamente abordar aquilo que nem sempre vemos, até por isso o nome “o futebol que não se vê”, afirmou.

