O Cruzeiro venceu o Operário-PR por 1 a 0, na noite desta quinta-feira, no Mineirão, em Belo Horizonte, e deu mais um passo enorme para se despedir do Brasileirão Série B e voltar à elite do futebol nacional.
Usando um uniforme igual ao da Seleção Brasileira, com camisa amarela em homenagem aos 200 anos da Independência, calções azuis e meias brancas, o time nem precisou jogar um futebol de Copa do Mundo para alcançar o 12º jogo consecutivo sem derrota na Série B e já ensaiar a saída do inferno, depois de três temporadas consecutivas fora da Série A.
Com 62 pontos, a Raposa abriu 11 de vantagem para o Bahia, vice-líder da competição, e 21 para o Londrina, quinto colocado e que joga no sábado contra a Chapecoense, pela 29ª rodada.
Dependendo da combinação de resultados, o Cruzeiro pode selar matematicamente o acesso daqui a duas partidas, no dia 21, quando recebe o Vasco, no Mineirão. Se a sorte ajudar, pode subir até mesmo no próximo jogo, contra o CRB no Estádio Rei Pelé, em Maceió, no dia 17.
Mas a verdade é que o acesso já é mera questão de tempo, já que nunca dede 2006, quando a Série B passou a ser disputada por 20 clubes em pontos corridos, um time com 62 pontos deixou de conquistar o acesso.
E a torcida, sem se preocupar com contas, já cantou a plenos pulmões “o Cruzeiro voltou” desde que o time abriu o placar, aos 46 minutos, com o centroavante Edu. Foi um grito de desabafo depois de um primeiro tempo complicado e até certo ponto inusitado.
Juiz se machuca e é substituído
O jogo começou bastante movimentado, com muita correria e boas chances para os dois times nos primeiros dez minutos. Então, a partida teve que ser interrompida para um atendimento médico pouco usual: do árbitro. O juiz paulista Douglas Marques das Flores sentiu uma lesão muscular, foi atendido pelos médicos do Cruzeiro, mas não teve condições de continuar.
O mineiro Michel Patrick Costa Guimarães, que estava atuando como quarto árbitro, foi para o campo. Só que a partida ficou cerca de sete minutos parada para a troca dos equipamentos, já que Guimarães precisou colocar o rádio que conversava com o VAR, comandado por Daiene Caroline Muniz dos Santos. Flores seguiu na lateral do campo como quarto árbitro.
Os jogadores, especialmente os do Cruzeiro, sentiram a quebra do ritmo e a Raposa teve dificuldade em criar boas chances diante de um Operário que parecia satisfeito com o empate que o tirava da zona de rebaixamento e ainda arriscava contra-ataques que levavam perigo ao goleiro Rafael Cabral.
Só nos acréscimos que o Cruzeiro começou a levar perigo, e o primeiro gol nasceu numa bola roubada no meio-campo que terminou em passe para Bruno Rodrigues pela direita. Ele cruzou e Edu só escorou, aos 47 minutos, dando início à festa.
Cruzeiro só controla o jogo no segundo tempo
Na etapa final, o Cruzeiro dominou a posse de bola durante a maior parte do tempo, e, embora tenha criado poucas chances concretas, impediu que o Operário criasse também boas oportunidades para o empate.
Com apenas 30 pontos, o Operário segue como 18º colocado na Série B. O Fantasma volta a campo na terça-feira, dia 13, quando recebe o Guarani, rival direto na briga contra o rebaixamento, em Ponta Grossa.

