Mesmo restando menos de 50 dias para a realização da Copa do Mundo 2022, questões envolvendo a realização do mundial no país-sede seguem incomodando alguns países. A partir desta semana, França e Dinamarca resolveram adotar boicotes pontuais ao Catar.
Na última segunda-feira (3), a prefeitura de Paris confirmou que não organizará eventos e não disponibilizará telões para a exibição de jogos da Copa do Mundo, quebrando uma tradição desde o início do século para a reunião de torcedores nos jogos dos mundiais.
A decisão tomada pela prefeitura de Paris acompanha decisões semelhantes tomadas por outras cidades francesas: Lille, Estrasburgo, Reims, Bordeaux e Marselha. Em entrevista à Associated Press, Pierre Rabadan (Secretário de Esportes) condenou as “condições de organização” da Copa do Mundo.
Dinamarca: protesto firme contra o Catar na Copa do Mundo
Enquanto isso, a Dinamarca adotou uma postura ainda mais crítica em relação à realização da Copa do Mundo 2022 no Catar, com um protesto esportivo, organizado pela federação local.
Na reta final de setembro, a seleção dinamarquesa revelou o uniforme que utilizará no mundial da Fifa com um detalhe específico: o escudo desbotado, em protesto pelas condições trabalhistas no Catar.

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Além disso, o terceiro uniforme da Dinamarca será completamente preto, sinalizando que os jogadores entrarão em campo em sinal de luto pelas vítimas das construções dos estádios.
Cabe relembrar que o jornal The Guardian revelou em 2021 que mais de 6.500 trabalhadores imigrantes morreram desde o início das obras, devido às condições insalubres.
O Comitê Organizador da Copa do Mundo 2022 divulgou uma nota oficial para condenar o comportamento adotado pela seleção da Dinamarca e o posicionamento da Hummel Sport, fornecedora de materiais esportivos dos dinamarqueses, afirmando que esta é uma tentativa de “banalizar o compromisso genuíno de proteger a saúde e segurança de 30 mil trabalhadores”.

