Herói Vicente, diretor jurídico do Corinthians, rebateu a declaração de Galvão Bueno, que na edição do “Bem, Amigos”, do SporTV, na última segunda-feira, fez duras críticas ao cancelamento do jogo entre Goiás x Corinthians, no último sábado, no estádio da Serrinha, pela 32ª rodada do Brasileirão, após decisão do STJD.
O dirigente corintiano questionou se o coração flamenguista do narrador tenha batido mais forte para uma análise de “forma parcial”.
“Galvão, haja coração!!!!! Talvez o seu coração flamenguista tenha batido mais forte. E as suas palavras tenham ecoado de forma parcial. Porém, que fique bem claro, decisão judicial não se discute. Deve ser cumprida. E ponto final”, escreveu Herói, em sua página no Twitter.
O STJD entendeu que o Corinthians teria o direito de atuar com sua torcida em Goiânia ao passo que o Ministério Público deu parecer contra dias antes do jogo. Herói destacou a legitimidade de o Timão ir à Justiça em busca do direito de ter torcida.
“Assim, ao ver o seu direito lesado, o Corinthians procurou a Justiça Desportiva para salvaguardá-lo. E ela suspendeu o jogo. Lembre-se Galvão. A torcida é o maior patrimônio do Corinthians. Nunca nos abandona. É dever da presidência e da diretoria jurídica lutar”, contou o advogado.
“Sem maiores delongas, vamos aguardar a remarcação da partida, a fim de que o espetáculo ocorra e o público, principalmente o corinthiano, possa estar presente para acompanhá-lo. Valeu!”, encerrou.
Relembre as declarações de Galvão Bueno sobre o adiamento de Goiás x Corinthians
“O Corinthians tem um jogo a menos [no Campeonato Brasileiro] e isso não pode acontecer. É uma vergonha para o futebol brasileiro, para a CBF, para quem cuida do campeonato…”, iniciou Galvão, que criticou o clube paulista por não respeitar uma decisão judicial.
“Se um juiz disse que não pode ter torcida do Corinthians [no estádio do Goiás], o Corinthians não pode encampar essa ideia e não pode não jogar no sábado se ele tem uma decisão com o Flamengo na quarta. E com o Flamengo jogando no sábado”, pontuou.
O narrador ainda rebateu a tese de que o Corinthians jogaria com reservas, já que se prepara para a final da Copa do Brasil, quarta, contra o Flamengo.
‘Ah mas os titulares não tinham viajado’. Mas um jogo não se faz só com onze. Talvez cinco que tivessem jogando pudessem ter que entrar no jogo de quarta-feira. Um absurdo”.
“Às vezes, digo que a culpa é nossa porque somos benevolentes demais. […] O que aconteceu não pode acontecer no futebol brasileiro. Pela final da quarta-feira [da Copa do Brasil] que é importantíssima, pelo dinheiro que vale, pela vaga direta na Libertadores e pelo Campeonato Brasileiro na luta do 4° lugar. Não pode acontecer. A CBF não poderia ter permitido isso”, finalizou Galvão.

