Em entrevista marcada por fortes críticas, Renato ainda não banca permanência no Grêmio
Técnico Renato Portaluppi concedeu uma coletiva marcada por críticas direcionadas a antigos dirigentes do Grêmio
Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Quem acompanhou a entrevista de Renato Portaluppi após Náutico 0x3 Grêmio, nos Aflitos, em jogo que garantiu ao Tricolor o acesso matemático de volta à Série A, certamente notou o tom crítico em relação aos acontecimento recentes do clube – dentre os quais, os que levaram o Tricolor a cair de divisão na temporada de 2021.
Além destas críticas, que aprofundamos mais logo abaixo, Renato também adotou tom de mistério sobre a sua eventual permanência em 2023 e lembrou das eleições presidenciais que o clube passará:
“Prometi que levaria o Grêmio de volta para a Série A. Cumpri junto com o nosso grupo e a torcida. Restam dois jogos, vou fazer os dois, daí acaba meu contrato. Até então era pagar a promessa, agora depende do próximo presidente”, disse, antes de ampliar:
“Se ele (o próximo presidente) me perguntar, vou passar. Os dois candidatos são inteligentes, com certeza tem muita coisa que precisa ser feita. Se eu tiver por aqui, troco ideias. Se não tiver, posso falar com eles, vai depender deles. Precisamos de um grupo forte para ganhar títulos, chega de sofrer. Precisamos botar as pessoas certas nos lugares certos. A conta chega quando não se faz isso. Se quer trabalhar com futebol, tem de entender de futebol”.
As críticas feitas por Renato
Mantendo o seu estilo sincero em relação às coisas que acontecem no clube, Renato falou do “amadorismo” que derrubou o Grêmio na temporada de 2021:
“Quem entende de futebol sabe onde precisa mexer e o que precisa ser feito. Não se brinca com futebol, nem com uma nação, instituição. Se não entender do babado, a conta vai chegar. E a conta chegou. Cadê essas pessoas agora?”, comentou o técnico.
“Chega de fazer o nosso torcedor sofrer. Se tiver que perder título, partida, que seja com honra, grupo forte, que as pessoas queiram vestir a camisa do Grêmio. E não falo para puxar saco de ninguém, não preciso. O presidente me ligou, e eu voltei. Me criei dentro desse clube. Está na hora, assim como empresas levam profissionais que entendem do babado, está na do futebol botar quem entende de futebol, não as pessoas que acham que entendem de futebol. A conta chega e é um estrago enorme. Como aconteceu”, finalizou.
De acordo com informações do jornalista Leonardo Meneghetti, do Grupo Bandeirantes, Renato citou indiretamente o vice-presidente do Conselho de Administração, Cláudio Oderich, além dos antigos vices de futebol Paulo Luz e Denis Abrahão.
