O GP de Suzuka, no Japão, por muito pouco não ficou marcado, novamente, por um erro operacional que custou a vida de um piloto da F1.
Isso porque, Pierry Gasly passou muito perto de um trator, que fazia o resgate do carro de Carlos Sainz, na 2ª volta da corrida da F1.
Logo após a corrida, Gasly se mostrou indignado com a situação, muito semelhante a que aconteceu, na mesma pista inclusive, que ocasionou a morte do piloro Jules Bianchi, em 2014.
“Perdemos Jules há oito anos em condições semelhantes, com um trator na pista, na brita. Não consigo entender como, oito anos depois, em condições semelhantes, o trator está não apenas na brita, mas dentro da pista. Não é respeitoso com Jules ou sua família e entes queridos. Com nenhum de nós. Foi um incidente dramático. Aquele dia, aprendemos que não queríamos ver tratores na pista de maneira alguma”, recordou Gasly.
Inclusive, o próprio pai de Jules, Philippe Bianchi, criticou a FIA em sua conta no Instagram.
Logo após Gasly passar pelo trator, a direção de prova aplicou uma bandeira vermelha na corrida.
Entretanto, Gasly se mostrou grato por nada ter acontecido e prometeu abraçar seus familiares.
“Estou grato por poder falar com minha família e estar aqui. Não aconteceu nada, mas, pela segurança dos pilotos, espera que seja a última vez que vemos um trator na pista. Hoje à noite eu vou encontrar minha família e dar um abraço neles”, falou Gasly.
Pierre Gasly rebate acusações de erro
Outro ponto abordado em sua entrevista, foi a respeito das acusações de um possível erro, ao ter passado muito rápido no trecho da pista onde se encontrava o trator.
“Eu estava 9s abaixo do meu melhor tempo de volta e estava alcançando o pelotão de carros. Quando vejo que estou a 250 km/h, tento diminuir a velocidade sem cometer erros. Se eu só piso no freio, perco o carro. Estive a 2 m de morrer hoje, e isso não é aceitável”, disse Gasly.
Por fim, ao questionado sobre sua visita a sala dos comissários de prova, o pilto não deu detalhes da conversa.
“Prefiro que seja confidencial. Estávamos no pit-lane um minuto depois [com bandeira vermelha]. Arrisquei minha vida por um minuto? Não acho que seja aceitável”, finalizou Gasly.

