O experiente técnico Geninho, de 74 anos, com passagem por Santos, Corinthians, Atlético-MG, Vasco, Botafogo, Athletico-PR, entre outros, esteve presente no podcast “A Rodada” ontem (03).
Entre os assuntos discutidos, Geninho falou sobre essa onda de técnicos estrangeiros no Brasil. Alguns deram muito certo, como Jorge Jesus e Abel Ferreira, que foram campeões da Libertadores.
Geninho disse que estrangeiros trabalharem no Brasil é algo natural, já que os brasileiros vão trabalhar lá fora também.
“Não é gostar ou não gostar (de técnicos estrangeiros no Brasil), eu acho que isso é uma coisa natural dentro do futebol. O Brasileiro também vai lá fora e ocupa espaço. Da mesma forma que reclamam do pessoal que vem aqui, quando a gente vai lá, devem reclamar da gente lá também.”
“Falam-se muito dos portugueses, eu fui um que fui trabalhar em Portugal, fiquei no Vitória de Guimarães por um ano e tinha muito brasileiro lá. Então, eu acho que é uma coisa natural”.
Porém, em seguida, Geninho disse um ponto em que ele é contra a vinda dos estrangeiros. Ele disse que isso só é válido se trouxer um estrangeiro melhor do que os técnicos brasileiros, que para ele, ainda temos muitos profissionais de qualidade.
“Eu só sou contra você trazer de fora alguém com menos qualidade do que o que temos aqui. Nós temos muita gente de qualidade aqui. Tem algumas pessoas que dizem que possam estar ultrapassados, com uma qualidade muito grande e estão sendo colocados de lado. Está vindo também uma “meninada” com muita qualidade.”
“Então, não sou contra, eu acho que uns vêm e trazem coisas boas, agora, eu sou contra o que vem com qualidade inferior ao nosso, porque ele não vai ensinar nada, não vai trazer nada de positivo, vai ter os mesmos resultados que um brasileiro teria… tanto que vimos vários estrangeiros ficando um período curto aqui e indo embora”, opina Geninho.
Por fim, o experiente treinador ainda comentou que técnicos estrangeiros vem ganhando bem mais que os técnicos brasileiros. E por isso, a qualidade precisa também ser muito superior, se não, não compensa para o clube.
“Muitas vezes esse pessoal (técnicos estrangeiros) vem ganhando bem mais do que se paga para um treinador nacional. E as vezes o resultado é igual”, finaliza Geninho.
Campeão pelo Corinthians, Vasco, Athletico-PR, Goiás, entre outros, Geninho está sem clube desde que deixou o Vitória, em abril desse ano. Ele tinha sido contratado para dirigir o time na Série C, mas o projeto foi interrompido precocemente. Essa foi a 6ª passagem dele pelo clube baiano.

