O Flamengo derrotou o Athletico Paranaense, pelo placar de 1 a 0, na tarde do último sábado, dia 29, e foi tricampeão da Copa Libertadores da América.
E nesta partida que consagrou o elenco do Mengão, o jornalista Rodrigo Coutinho, do UOL, decidiu reparar em um detalhe específico que foi tema de análise em seu blog.
Na metade da primeira etapa do jogo, o lateral esquerdo Filipe Luís teve que deixar o gramado e deu lugar à Ayrton Lucas.
Ayrton sofreu a falta que gerou o segundo cartão amarelo e a expulsão de Pedro Henrique, ainda no primeiro tempo, o que facilitou o caminho do Time da Gávea.
Para Rodrigo Coutinho, a final da Libertadores “pode marcar passagem de bastão entre Filipe Luis e Ayrton Lucas.” O jornalista ainda elencou as diferenças entre os dois jogadores:
“É uma questão de característica. São laterais bem diferentes. Com Filipe, o Flamengo tem um jogador mais experiente e cerebral. A visão de jogo, a inteligência nas decisões, e a qualidade no passe, compensam a ausência de intensidade e velocidade muitas vezes. Mas em outros momentos não. Com Ayrton, o time ganha profundidade, volúpia e aceleração pelo flanco esquerdo. Fatores que foram mais decisivos no sábado.”
E completou, dizendo:
“Filipe Luís é um extraclasse. Mostrou que ainda pode ser determinante ao elenco em situações pontuais, mas não gera o volume necessário a um lateral num esquema com losango no meio-campo e sem um atacante mais fixo pela esquerda. Promover a transição de titularidade entre eles fará o Flamengo evitar problemas recentes como os que teve com atletas da mesma geração do ex-lateral da seleção.”
Segundo Rodrigo, Ayrton Lucas foi decisivo na conquista da Libertadores
Para Coutinho, o jogador teve papel fundamental não só pela expulsão que ele causou no time adversário, mas também pela mudança de postura na equipe após a sua entrada:
“Com Ayrton Lucas, o time da Gávea começou a empurrar mais gente dentro do campo rival, e passou a ter amplitude de forma regular pelo lado esquerdo. A própria atitude do atleta ao entrar em campo também foi relevante. Impetuoso. Arriscando e elevando a confiança da equipe.”