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Um contraste ficou bem evidente entre duas seleções que foram campeãs mundiais recentemente. Nesta quarta (23), a Alemanha levou a virada do Japão, que venceu por 2 a 1 na estreia pela Copa do Mundo. Na sequência, a Espanha não tomou conhecimento da Costa Rica e massacrou fazendo 7 a 0. Assim, no próximo domingo (27), ambas medirão forças às 16h (horário de Brasília) no estádio Al Bayt, em Al Khor. Em caso de uma nova derrota, os alemães podem voltar para casa mais cedo, assim como ocorreu na Rússia em 2018, quando foi eliminada na fase de grupos.
Dessa forma, o lendário Lottar Matthäus, grande nome do título alemão da Copa do Mundo de 1990, ligou o alerta para os tetracampeões. Presente em cinco Mundiais, o ex-jogador acredita que os protestos dos jogadores com as bocas fechadas na foto por conta do uso proibido da braçadeira pró-diversidade “One Love” distraíram o escrete.
Críticas às mudanças do técnico da Alemanha
“Houve drama demasiado antes da partida, com muitos assuntos considerados mais importantes do que o futebol, como aconteceu há quatro anos. Algo assim distrai e faz perder entre 5 e 10% do foco”, opinou Matthäus, capitão da Alemanha no tricampeonato conquistado na Itália, ao jornal alemão Bild. Além disso, o tricampeão criticou as mudanças do técnico Hansi Flick: “Sempre apoiei Flick, mas não entendi algumas de suas decisões. Com a substituição de Müller e Gündogan, dois dos jogadores mais experientes, a Alemanha perdeu a ordem e o controle”, enxergou Matthäus.
Portanto, o ex-jogador acredita que a Alemanha correrá sério riscos caso repita, diante da Espanha no domingo, o desempenho contra o Japão, sobretudo na etapa final da partida de ontem. “Se jogarmos contra a Espanha como fizemos no segundo tempo contra o Japão, seremos eliminados. A pressão é máxima. Um ponto provavelmente não será suficiente, você tem que vencer”, avaliou Lotthar Matthäus.
Campeão da Copa do Mundo em 2014 pela Alemanha, Bastian Schweinsteiger declarou que o tropeço contra o Japão não foi obra do acaso. “Tivemos viradas bobas e erros de posicionamento. Falta experiência. Esta derrota não é uma coincidência. Mostra onde estamos. Precisamos melhorar muito ter uma oportunidade contra a Espanha”, disse o ex-volante, que lamentou o fato da seleção alemã não ter matado o jogo logo após abrir o placar. “Tivemos chances, mas não fizemos o 2 a 0. Não conseguimos encontrar uma resposta para as rápidas transições do Japão na reta final do jogo”, concluiu.
