A polêmica relacionada às proibições da Fifa com relação a manifestações a favor dos direitos humanos no Catar continua e dessa vez, a envolvida é a Bélgica, que nem sequer estreou na Copa do Mundo.
A seleção, que era uma das que planejavam usar a braçadeira do arco-íris durante a competição, também não poderá usar o seu segundo kit do uniforme.
Esse uniforme, que é praticamente todo branco, contém partes nas cores do arco-íris LGBTQ+ e possui escrita a palavra “Love” (“Amor”, em inglês”) na gola. A organização “baniu” a camiseta devido a menção a essa palavra, que novamente, entra na categoria de “uso político”, que não é permitido pela federação máxima do futebol.
“O desenho da camisa foi inspirado nos famosos fogos de artifício do festival de música Tomorrowland e representa os valores comuns de diversidade, igualdade e inclusão”, comunicou a federação belga logo que apresentou o uniforme, ainda no mês de setembro.
O veto pode se tornar um problema para a Bélgica. Na fase de grupos, a seleção irá usar somente o uniforme principal, porém, dependendo do adversário, poderá ser afetada de alguma forma na fase mata-mata da Copa do Mundo.
Bélgica e outras seleções que iriam usar a braçadeira nas cores do arco-íris recuaram da iniciativa na Copa do Mundo
Nessa segunda-feira, foi anunciado por sete seleções europeias (Bélgica, Alemanha, Inglaterra, País de Gales, Holanda, Dinamarca e Suíça), que a manifestação planejada, em que os capitães de cada equipe usariam a braçadeira nas cores do arco-íris, havia sido suspensa, devido às ameaças da Fifa.
A organização máxima do futebol proibiu a manifestação das seleções e ameaçou que, além de multas para as federações, os jogadores iriam receber cartões amarelos.
“A Fifa foi muito clara. Vai impor sanções esportivas se nossos capitães usarem as braçadeiras em campo. Como federações nacionais, não podemos pedir a nossos jogadores que se arrisquem a sanções esportivas, incluindo cartões amarelos”, escreveram as sete federações, entre elas a Bélgica.

