Nem o mais pessimista torcedor da Argentina imaginava que uma das maiores zebras de todas as Copas aconteceria hoje (22). Assim, na manhã desta terça-feira, a equipe de Lionel Scaloni foi surpreendida pela Arábia Saudita, que venceu de virada por 2 a 1 no Estádio Nacional de Lusail. Dessa forma, a seleção argentina perdeu uma invencibilidade que durava três anos e 36 partidas. Ou seja, os vizinhos perderam a chance de igualar a marca italiana de 37 jogos sem derrotas entre 2018 e 2021.
Nesse sentido, a imprensa argentina qualificou a surpreendente derrota na estreia da Copa do Mundo como “um golpe mundial”. Conforme o Diário Olé em sua versão online, a virada sofrida para os árabes foi um “baque”, cuja marca ficará por muito tempo. Na opinião do periódico, faltou solidez defensiva, reação e pressão, além da ausência de combinação de jogadas. “A Argentina perdeu muito mais do que uma partida contra a Arábia Saudita. Esqueceu os próprios princípios do futebol no vestiário e começou a Copa do Mundo da pior maneira”, lamentou o Olé.
O primeiro tempo foi de domínio argentino, em que Messi abriu o placar logo após um pênalti duvidoso assinalado pelo VAR. Aliás, a equipe de Lionel Scaloni teve três gols anulados por impedimento. Assim, o Olé enxergou “maus sinais” no controle de bola da seleção argentina. “Mas na realidade, mais do que uma atitude perante o jogo, foi uma realidade mais fruto de ineficiência do que de descaso”, avaliou o site.
Faltou sintonia para Messi na derrota argentina, segundo o Olé
Para o Olé, Messi e Di María não encontraram seus lugares no campo, com o atacante da Juventus “desconfortável, sem precisão e quase escondido”. “Leo (Messi) tentava assumir o protagonismo mas, algo raro com ele, estava sem sintonia”, apontou o portal. Na volta para o segundo tempo, o Olé destacou que a Argentina sentiu o impacto do empate árabe e o gol da virada foi “uma combinação perfeita de como tudo pode ser feito errado”. “A Argentina conseguiu recuperar a bola três vezes e atrasou todas”, descreveu o texto.
Por fim, o Olé avaliou que a seleção argentina sentiu muito a falta de Lo Celso, lamentando que a equipe tenha falhado na distribuição de passes em todos os momentos. “Messi esteve em um nível baixo, jogando de forma diferente durante todo o percurso que o levou ao Mundial”, opinou o jornal portenho, complementando: “A eficácia é um mérito, não é uma coincidência. O golpe tem que servir de despertador, uma espécie de alarme para que volte ao patamar que o fez vencer a Copa América e ganhar o status de candidato ao título. Agora, a Argentina não tem margem de erro”, finalizou.

