Na semana que antecede o início da Copa do Mundo 2022, a Fifa (Federação Internacional de Futebol Associado) se preocupou bastante em manter os holofotes apenas no campo. De acordo com a emissora Sky Sports, a entidade máxima do esporte pediu às seleções para que “o futebol não seja arrastado para todas as batalhas ideológicas ou políticas que existem”.
Isso porque o grande torneio está rodeado de polêmicas, desde as duvidáveis condições na qual trabalhadores foram expostos durante as construções dos estádios, com muitas mortes e raros direitos, até os próprios costumes e leis do Catar.
O país islâmico e notoriamente conservador possui em seu código penal punições destinadas aos grupos LGBTQIA+. Pessoas que tiverem relações sexuais com indivíduos do mesmo sexo podem pegar de três a cinco anos de prisão, ou mesmo enfrentar a pena de morte. Entretanto, segundo a BBC, não há provas de pena de morte em casos na qual houve relação sexual consensual de forma privada entre adultos.
Neste cenário, diversos protestos e questionamentos foram feitos ao redor do planeta. Jogadores prometem se manifestar de alguma forma, algo que a Fifa já avisou que irá punir com multa.
Ao longo da Copa do Mundo, os capitães de Alemanha, Bélgica, Dinamarca, França, Holanda, Inglaterra, País de Gales e Suíça usarão durante as partidas braçadeiras com o arco-íris, símbolo da comunidade LGBTQIA+. Espanha, Polônia e Portugal, por sua vez, comunicaram que não se manifestarão e seguirão as orientações da entidade máxima do futebol.
Sendo assim, apenas oito das 32 seleções presentes no Catar farão o gesto em protesto.
