Em grande fase no Fluminense, Germán Cano está perto de igualar o recorde de Neymar e Gabigol. Ele marcou três gols na vitória contra o São Paulo, no último sábado (5), no Maracanã, e chegou aos 42 gols na temporada. Com isso, o argentino precisa de apenas um gol para alcançar o recorde de Ney e Gabriel Barbosa.
Em 2012, pelo Santos, Neymar fez 43 gols, assim como Gabigol em 2019 pelo Flamengo. Faltando dois jogos para o fim do Brasileirão Série A, o atacante do Fluminense tem a chance de igualar – e até ultrapassar – os dois astros brasileiros. O prêmio de maior artilheiro do futebol brasileiro existe desde 2008; confira os vencedores até hoje:
2008: Keirrison (Coritiba) – 41 gols
2009: Diego Tardelli (Atlético-MG) – 39 gols
2010: Jonas (Grêmio) e Neymar (Santos) – 42 gols
2011: Leandro Damião (Internacional) – 38 gols
2012: Neymar (Santos) – 43 gols
2013: Hernane (Flamengo) – 36 gols
2014: Magno Alves (Ceará) – 37 gols
2015: Ricardo Oliveira (Santos) – 37 gols
2016: Robinho (Atlético-MG) – 25 gols
2017: Henrique Dourado (Fluminense) – 32 gols
2018: Gustavo (Fortaleza) – 30 gols
2019: Gabigol (Flamengo) – 43 gols
2020: Diego Souza (Grêmio) – 28 gols
2021: Hulk (Atlético-MG) – 36 gols
Cano vibrou com a fase que vive: “Uma fase muito boa, não é? Minha melhor temporada. Parabenizar a todos os meus companheiros pela ajuda, pela entrega dentro de campo. Estou desfrutando muito desse presente, nem sempre a gente tem essa quantidade de gols”, disse ele na zona mista do estádio.
Além de ter a oportunidade de ultrapassar Neymar e Gabigol, Cano já fez história ao quebrar recordes importantes: se tornou o maior goleador do Fluminense em uma mesma temporada neste século e, de quebra, virou o maior artilheiro estrangeiro em uma edição do Brasileirão de pontos corridos.
Por fim, Cano superou sua temporada mais goleadora da carreira, que tinha sido em 2019, no Independiente Medellin, da Colômbia, quando anotou 41 gols. O treinador Fernando Diniz rasgou elogios e pediu o argentino na Copa do Mundo do Catar:
“O Cano poderia [estar na seleção] pelo número de gols que faz, a maneira que se entrega na parte tática. É extremamente comprometido. Talvez se estivesse jogando na Argentina, seria um nome. Pela temporada brilhante, totalmente fora da curva. Ficamos muito felizes. O Cano faz os gols como consequência de um trabalho que ele faz”, defendeu Diniz.
“Muitas vezes as pessoas dizem que ele fica longe da área. Ele ajuda na marcação, sempre falei que fazendo isso e nos movimentos para o time se organizar melhor defensivamente não tiraria ele as chances de marcar. Pelo contrário, ficaria mais integrado ao time. Desde que trabalhamos juntos, a performance dele é melhor e ele é mais completo”, completou o treinador do Fluminense.

