Sérgio Maurício relembra ideia controversa para transmissão da F1: “Me chamaram de doido”

Hoje em dia é comum que o fã da Fórmula 1 tenha a oportunidade de apreciar todo um fim de semana de corrida, desde o primeiro treino livre na sexta até a corrida do domingo, porém isso já foi visto como loucura e quem foi o primeiro a ter essa ideia foi Sérgio Maurício, que revelou como foi que convenceu o SPORTV a começar a passar os treinos livres.

“Me chamaram de doido, o meu chefe, o Mario Jorge Guimarães. O negócio é o seguinte: a TV Globo tinha o direito das imagens e da transmissão de todos os treinos livres, da classificação e da corrida. Só que os treinos livres, eles só eram utilizados pelos repórteres, o Carlos Gil, Courrege e depois a Mariana Becker, para efeitos de cobrir e fazer uma nota coberta, uma matéria com as imagens que a Globo tinha”, começou a explicar Sérgio Maurício em participação ao podcast Traduzindo F1 no Youtube.

“E quando eu soube que a Globo tinha esse direito de imagem e a gente não utilizava, eu falei assim: ‘por que que a gente não faz essa transmissão?’ Isso foi em 2008, 2009 por aí. Por que não fazer isso? Aí, eu levei essa ideia para a direção. Os caras falaram assim: ‘Você é louco cara, você está maluco, você quer arrumar sarna para se coçar? Esse negócio começa às quatro, cinco horas da manhã”, disse o narrador da F1, que conseguiu o que queria.

Sérgio Maurício conseguiu transmitir os treinos da F1 com uma condição

“Aí, o Maroca falou assim: ‘Tudo bem, se você quer fazer, você pode fazer, mas eu não vou tirar você da escala regular. Se você tiver um vôlei depois é problema seu.’ Eu falei: ‘Não tem problema, eu faço’ “, falou Sérgio Maurício, que revelou que a sua ideia para a F1 deu até retorno financeiro para o SPORTV.

“Você sabe que anos depois comercializaram isso. Nós tínhamos comercial do SPORTV, que era só para o treino da Fórmula 1. Eu acabei até agregando valor para a empresa, fazendo isso pelo amor que eu tenho pela Fórmula 1″, concluiu.