Home Futebol Sabia dessa? Líder na artilharia da França em Copas do Mundo nasceu no Marrocos

Sabia dessa? Líder na artilharia da França em Copas do Mundo nasceu no Marrocos

Just Fonteine foi o responsável por balançar as redes dos adversários por 13 vezes, em seis partidas, na Copa de 1958

Dener Gomes
Jornalista com mais de 20 anos de carreira e com passagens pela Rádio Bandeirantes e portal R7

Um dos maiores nomes da história dos mundiais tem uma ligação direta com França e Marrocos, seleções que disputam as semifinais da Copa do Mundo do Catar. Nascido na cidade marroquina de Marraquexe, ele fez história pelos franceses no Mundial de 1958, na Suécia.

O atacante é, ainda hoje, o maior artilheiro em uma só edição, quando marcou 13 gols em apenas seis jogos, o que dá uma média de mais de dois tentos por partida. Esse número permanece firme e as perspectivas de que seja quebrada não são muito grandes.

Fonteine nasceu em 1933, quando sua cidade e país natal eram uma colônia francesa. Mesmo assim, ele começou a carreira nos clubes marroquinos AS Marrakech e Union Sportivo Marrocaine, entre os anos de 1950 e 1953.
Sua primeira experiência na França foi no Nice e chegou com o impressionante número de 62 gols em apenas 48 partidas, o que o credenciou a participar da Copa do Mundo de 1958, com uma seleção que dividiu atenções com o Brasil de Pelé.

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Uma contusão e Fonteine perdeu o sonho da Copa

A partida entre Brasil e França era tida como uma espécie de final antecipada daquela edição da Copa do Mundo. Com dois ataques poderosos e encantando os espectadores, as duas seleções tinham tudo para apresentar um espetáculo histórico.

Porém, uma fatalidade prejudicou o sonhe de Fonteine. Em uma dividida no meio do campo, quando o jogo ainda estava 1 a 1, o zagueiro Jonquet dividiu uma bola com o atacante Vavá e fraturou a perna. Como não existiam substituições naquela época, os franceses terminaram a partida com um a menos e o Brasil venceu por 5 a 2.

“Lamento ter pegado o Brasil com dez jogadores apenas. O nosso beque central se machucou, e tivemos que jogar com dez por mais de uma hora. O jogo estava 1 a 1. Se 11 contra 11 já era duro, com dez era missão impossível. Se estivéssemos com 11, não sei dizer o que aconteceria. Provavelmente, o Brasil ganharia, pois era um grande time, mas menos facilmente”, relembrou em uma entrevista para o jornal Folha de São Paulo, dada em 1997.

Ainda nessa época, o atacante já mostrava seu carinho pela seleção natal. “Eu sou francês. Tenho simpatias por Marrocos. É a minha segunda equipe. Mas eu torço também pelo Brasil. Acima de tudo eu gosto de bom futebol, afirmou.

Apesar desse sucesso, Fonteine jogou apenas a Eurocopa de 1960 pela seleção francesa, em 1960, e encerrou a carreira dois anos depois, com apenas 29, devido a lesões.

Better Collective