A Copa do Mundo do Catar mostrou que o Brasil tem, pela primeira vez em muitos anos, uma nova geração bastante talentosa. A maioria dos jogadores atua na frente, principalmente nas pontas, e já vem se destacando em seus clubes europeus. Entretanto, continua faltando um camisa 10, posição em que, há 15 ou 20 anos, sobravam opções. Será que voltaremos a ver grandes meias sendo formados por aqui? Se você gosta de fazer previsões esportivas, aproveite o Código de Indicação Bet365 e dê os seus palpites.
Em 2002, quando o Brasil venceu o seu último Mundial, Luiz Felipe Scolari se deu ao luxo de deixar fora da convocação nomes como Alex e Djalminha — dois autênticos camisas 10. Meias cerebrais, canhotos e de inquestionável qualidade técnica, eles acabaram vendo a seleção conquistar o penta no conforto de suas casas. Mas Felipão pôde fazer isso porque, naquela época, sobravam jogadores para a posição. Afinal, o treinador gaúcho levou para a disputa, realizada na Coreia do Sul e no Japão, nomes como Rivaldo, Ronaldinho, Juninho Paulista, Kaká e Ricardinho.
Hoje, quantos meia-armadores ou meia-atacantes o Brasil produz? Talvez o melhor atleta da posição seja Phillippe Coutinho, que acabou se lesionando pouco antes da Copa do Catar. Mas, apesar de ser um bom jogador, ele nunca esteve no mesmo nível dos principais nomes citados. Neymar, que utiliza a camisa 10 por ser o craque do time, não é propriamente um meia, embora consiga, devido ao seu talento e visão de jogo, organizar o time e criar chances para os companheiros.
Mas a carência na posição é tão grande, que Tite se viu obrigado a levar Everton Ribeiro para a Copa. Não que o atleta do Flamengo seja ruim Longe disso. Ele é um bom jogador de futebol, mas, definitivamente, não é um dos principais meias do mundo.
Nem todos os jogos poderão ser resolvidos pelas pontas e, ademais, o Brasil não vai contar com Neymar para sempre — e seu histórico de lesões é longo. Portanto, é imprescindível que o futebol brasileiro volte a formar grandes meio-campistas. Por enquanto, não há sinal de que isso vá acontecer tão cedo, e embora muitos talentos estejam sendo revelados, a carência nesta posição poderá cobrar seu preço.
O país que já deu ao futebol nomes como Zico, Rivelino, Ronaldinho, Rivaldo, entre tantos outros, não pode abrir mão de seus camisas 10. A posição é uma das glórias do esporte, e o Brasil sempre soube honrá-la.

