Na próxima sexta-feira (9), as quartas de final da Copa do Mundo 2022 iniciam com um grande confronto, Croácia x Brasil. O duelo entre a atual vice-campeã mundial e a pentacampeã, um jogo que promete parar o mundo.
Entretanto, qual a principal ameaça de um país que sequer ostenta uma estrela de campeã mundial, diante do poderoso Brasil? Neste texto, o Torcedores.com destrincha os principais pontos croatas no torneio.
A princípio, vale uma recordação para 2014. Estreia da Copa do Mundo, no país verde e amarelo, um gol contra do lateral Marcelo, assustou o início brasileiro. No entanto, com atuação de gala do craque Neymar, a Canarinho virou o jogo encerrado com um placar de 3×1.
Depois de dois ciclos, considerando a Copa na Rússia, apenas três brasileiros remanescentes, Neymar, Thiago Silva e Daniel Alves. Por outro lado, a Croácia também passou por uma renovação, mas manteve o dobro da edição de 2014, seis jogadores, Vida, Lovren, Brozovic, Kovacic, Modric e Perisic.
Portanto, assim como o Brasil conta com uma “nova geração” que envolve nomes como Martinelli e Vinícius Júnior., somando a experiência de Neymar e outros renomados, os europeus também vivem uma situação similar.
Gvardiol, o jovem “mascarado” que encanta
Por analogia, para analisar o “ciclo croata”, o principal jogador que esses quatro anos produziram, Joško Gvardiol. Um dos zagueiros mais talentosos do mundo, o canhoto conta com um enorme tempo de bola e tem uma boa eficiência na saída de jogo.
Aos 20 anos, Gvardiol é revelado pelo Dinamo Zagreb, da Croácia. Em 2021, reforçou o Red Bull Leizpig, como um substituto para Upamecano, que havia assinado com o Bayern de Munique. Curiosamente, a dupla é considerada por muitos os melhores zagueiros dessa edição da Copa do Mundo.
Nos últimos três jogos da competição, o croata que também pode atuar na lateral-esquerda, registrou pelo menos 8 cortes em cada confronto. As boas apresentações ao lado do veterano Lovren, pararam o ataque da Bélgica e Japão. Além disso, o jovem utiliza uma máscara devido a uma fratura no nariz, em novembro, atuando no Leipzig.
Goleiro “herói”
Filho do ex-ministro de infraestura na Croácia e recém-casado, a história de Dominik Livakovic poderia ser um filme. Largou a faculdade, deixando a política presente da família de lado. Titular desde 2016 nos atual campeão, Dinamo Zagreb, o arqueiro era reserva durante toda campanha em 2018.
Após a aposentadoria de Subasic, o arqueiro encabeçava a linha “sucessora”. Apesar de pouco conhecido, Livakovic se caracteriza como um pegador de pênaltis. Nas oitavas, contra o Japão, pegou três cobranças e garantiu a classificação do país natal.
Versáteis
O grande ponto ofensivo da Croácia está inegavelmente no seu trio de meio-campo. Entretanto, os europeus contam com diversos jogadores “multifunções” que ajudam o treinador Dalic, moldando variações táticas conforme o decorrer da partida.
Um exemplo, Perisic, que atua no ataque ou até mesmo como um ala, função essa que exerceu na Internazionale, e agora no Tottenham. Outro nome interessante é Kramaric, croata de 31 anos, atuou durante um longo período como atacante de referência, hoje joga aberto na seleção. Dalic, muitas vezes, troca seus jogadores de lado com os centralizados, um exemplo é Orsic e Petkovic.
“O Tridente”
Sem dúvidas, o que move a Croácia passa por seu meio-campo. Um trio diferente daquele setor em 2018, que ainda contava com Rakitic.
Primeiramente, Marcelo Brozovic, titular absoluto na Internazionale. O croata desmitifica a história que nenhum tabagista pode ter sucesso no futebol. Responsável pela proteção defensiva e também ajudando na construção, o volante é quem percorreu a maior distância na história de uma partida na Copa do Mundo, cerca de 16,7 Km, contra o Japão. Tal marca superou seu próprio recorde, em 2018, cerca de 16,3 Km.
Em seguida, o meio-campista pela esquerda, Mateo Kovacic. Atualmente no Chelsea, o jogador desbanca as estrelas Jorginho e Kanté, no quesito regularidade. Em 2018, já era titular no país, contudo, cresceu ainda mais desde então. Além de ajudar na marcação, Kovacic ainda é o primeiro em passes decisivos da equipe.
Por fim, o grande craque, Luka Modric. Melhor do mundo em 2018, muito por sua ótima atuação na Copa do Mundo da Rússia. O veterano ainda não tem grandes exibições, como as de costume no Real Madrid. Em contrapartida, a estrela compensa na sua determinação em campo, um dos jogadores que mais correram na Croácia e com 2,3 desarmes por jogo. Diante da seleção brasileira, uma boa partida do seu país depende da bola nos pés do astro.

