Luis Suárez, recém-contratado pelo Grêmio, foi indicado pelo Ministério Público de Perugia como testemunha em um polêmico caso de suposta fraude no exame de idioma realizado pelo atacante uruguaio em 2020. Além do atleta, o ex-presidente da Juventus Andrea Agnelli também será testemunha.
Nesta segunda-feira (9), a Promotoria da cidade italiana, chefiada por Raffaele Cantone, indicou 36 testemunhas para investigar o caso. Vale deixar claro que Suárez será apenas testemunha na situação, ou seja, o jogador do Grêmio não tem envolvimento no suposto crime.
A universidade responsável pelo exame de idioma do atleta teria tentado conseguir “vantagens financeiras” com a negociação do uruguaio com a Juventus na época. A instituição buscou lucrar com as taxas de inscrição para a prova do curso de preparação online para o sul-americano, em valor em torno de 1,7 mil euros (quantia próxima de R$ 10 mil).
De saída do Barcelona em 2020, Suárez chegou a negociar com a Juventus, mas foi para o Atlético de Madrid. Ele é casado com uma cidadã italiana e teria como conquistar a nacionalidade italiana se comprovasse que tem nível ao menos intermediário (nível B1) do idioma local.
A primeira audiência acontece nesta quarta-feira (11); Suárez não irá testemunhar presencialmente, apenas por videoconferência. Acusados de falsidade ideológica e revelação de segredo oficial, os réus no polêmico caso são a ex-reitora Giuliana Grego Bolli, o ex-diretor-geral da instituição Simone Olivieri e a professora Stefania Spina.
Suárez fala do desafio de vestir a camisa do Tricolor Gaúcho
“Gosto dos desafios difíceis. É um desafio que me move porque (o Grêmio) veio da Série B, e é um lugar que nunca deveria ter estado. É uma forma minha junto com o Grêmio de mostrar que posso continuar jogando num grande clube da América. Os amigos sempre estão para ajudar, aconselhar e apoiar nas decisões”, disse o novo camisa 9.
