Home Mídia Esportiva e bastidores Milly Lacombe volta a exaltar torcida formada por mulheres e crianças: “Nada jamais será como antes”

Milly Lacombe volta a exaltar torcida formada por mulheres e crianças: “Nada jamais será como antes”

Partidas da dupla Athletiba em casa teve apenas mulheres e crianças nas arquibancadas

Junior Azevedo
Jornalista formado pela Universidade Estadual de Londrina, fanático por futebol e torcedor do Londrina Esporte Clube.

O final de semana foi histórico na cidade de Curitiba, capital do estado do Paraná. A dupla Athletiba voltou a jogar como mandantes com a torcida formada somente por mulheres e crianças. Os dois episódios foram vistos inicialmente no sábado (21), com Athletico x Maringa na Arena da Baixada, e no domingo (22), com Coritiba e Rio Branco no Couto Pereira.

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Essa medida se dá devido a punição imposta pelo TJD-PR (Tribunal de Justiça do Paraná) ao Athletico e Coritiba devido a briga de torcedores em partidas fora de casa. Inicialmente, a punição previa portões fechados nas duas primeiras partidas de ambas equipes, no entanto, um pedido da dupla Athletiba alterou a decisão e os estádios puderam receber público formado apenas de crianças e mulheres.

A experiência vista em Curitiba foi tema da coluna da jornalista Milly Lacombe no “UOL”. A comentarista voltou a exaltar a torcida formada apenas por mulheres e crianças e destacou que o que foi visto nas arquibancadas da dupla Athletiba causa um rompimento com o passado.

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“A imagem do Couto Pereira e da Arena da Baixada, ambos em Curitiba, inundados de mulheres e de crianças torcendo para Coritiba e Athletico respectivamente, causou uma espécie de rompimento com o passado. As coisas não mudam no tempo que gostaríamos, mas elas mudam e, vez ou outra, aparece uma imagem que risca o chão da mudança e avisa: nada jamais será como antes”, iniciou a jornalista.

“Já é de domínio público que a audiência do futebol masculino é também composta por mulheres. Já é de amplo conhecimento que mulheres narram, comentam e reportam. Já se sabe que mulheres jogam a despeito da falta de incentivo e de investimento. Tudo isso está registrado ainda que haja quem esperneie. Mas o que vimos no Couto Pereira e na Arena da Baixada não permite espaço para contestação. Na Arena, capacidade máxima ocupada por mulheres e crianças, o clima foi de catarse, transe, delírio”, destacou Milly.

Na parte final da sua coluna a jornalista Milly Lacombe agradece a dupla Athletico e Coritiba pela a iniciativa, e afirmou que o episódio visto no último final de semana é um marco na luta feminista no ambiente do futebol.

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“Até que Coxa e Furacão nos mostrassem, em imagens, do que somos capazes muitos ainda poderiam duvidar. Não mais. Um estádio que só faça cantar e amar é possível de ser construído. Um lugar onde crianças possam apenas existir e mulheres sejam sujeitos plenos e não corpos abusáveis e descartáveis. Aí está. Obrigada Coxa e Furacão. Vocês escreveram seus nomes na história da luta feminista – quase sem querer, mas escreveram”, escreveu a jornalista.

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