Home Esportes Olímpicos Morre grego que ajudou Vanderlei Cordeiro de Lima nos Jogos Olímpicos de 2004

Morre grego que ajudou Vanderlei Cordeiro de Lima nos Jogos Olímpicos de 2004

Polyvios Kossivas ajudou Vanderlei a se livrar de padre irlandês na maratona das Olimpíadas de Atenas e foi homenageado pelo COB

Marco Maciel
Sou jornalista, formado pela PUCRS em 2007. Trabalhei na web rádio Voz do Futebol. Também fui redator e assessor de imprensa da ALAP (Associação Latino-Americana de Publicidade). Edito o site SAMBARIO, voltado para sambas-enredo, desde 2004. No canal do YouTube do portal (@sambariosite), entrevistamos mais de uma centena de personalidades do samba e do carnaval nos tempos da pandemia. Entrei no time do Torcedores.com em maio de 2022 e escrevo para o site NasPistas.com desde maio de 2023.

Na última semana, morreu Polyvos Kossivas. Muitos podem não associá-lo ao nome, mas ele será sempre lembrado como o cidadão grego que ajudou Vanderlei Cordeiro de Lima. No último dia dos Jogos Olímpicos de Atenas, em 29 de agosto de 2004, Kossivas conseguiu com que o brasileiro se livrasse do padre irlandês, que agarrou o atleta durante a maratona. A cena se tornou uma das mais famosas da história olímpica brasileira.

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Assim, Polyvos Kossivas tinha 71 anos e teve a sua morte confirmada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB). Dessa forma, a entidade emitiu uma nota de pesar lamentando a perda. “Naquele momento, Polyvios Kossivas se transformou em um herói do esporte olímpico nacional, por uma atitude que é lembrada e reverenciada até hoje no Brasil e no mundo”, diz trecho do texto assinado pelo presidente do COB, Paulo Wanderley.

Vanderlei reencontraria Kossivas em cerimônia do COB

Vanderlei Cordeiro de Lima liderava a maratona com alguma folga, abrindo 40 segundos de vantagem sobre o segundo colocado em quase duas horas de corrida. Contudo, faltando poucos quilômetros para o fim, o ex-padre irlandês Cornelius Horan, utilizando roupas típicas, invadiu a pista para impedir a passagem do atleta, na intenção de derrubá-lo. Então, no meio da multidão que acompanhava a prova, o espectador Polyvos Kossivas conseguiu separar Vanderlei de Cornelius, ajudando o maratonista a voltar para a corrida.

Entretanto, o incidente faria com que Vanderlei Cordeiro de Lima fosse ultrapassado pelo italiano Stefano Baldini, que levaria a medalha de ouro, além do norte-americano Mebrahton Keflezighi, que conquistaria a prata. Assim, o brasileiro conseguiria manter a terceira posição, sendo ovacionado na chegada ao estádio Panathinaikos. Além da medalha de bronze, Vanderlei Cordeiro de Lima receberia do Comitê Olímpico Internacional (COI) a Medalha Pierre de Coubertin, uma honraria concedida a poucos, pelo espírito esportivo.

Meses depois dos Jogos Olímpicos de Atenas, Polyvos Kossivas viria ao Brasil para ser homenageado pelo COB no Prêmio Brasil Olímpico, além de rever Vanderlei Cordeiro de Lima, que entregou o troféu para o grego. Posteriormente, o maratonista acenderia a pira olímpica dos Jogos de 2016 no Rio de Janeiro.

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Polyvios Kossivas foi jogador de basquete profissional, atuando no Sporting da Grécia. Logo após a aposentadoria, tornou-se árbitro, comandando partidas da principal divisão do basquete no país. Kossivas ainda chegou a gerenciar uma empresa de sorvetes.