De acordo com o jornal ‘Sports’, da Espanha, o treinador Luis Enrique virou o alvo principal da seleção brasileira no mercado. O jornal relata que o não acordo com o treinador Carlos Ancelotti, fez a CBF buscar outras opções no mercado estrangeiro.
Dessa forma, a federação intensificou o monitoramento pelo treinador, que deixou a seleção da Espanha, após uma campanha decepcionante na Copa do Mundo 2022. O comandante, contudo, ainda mantém um nome de respeito dentro do mercado, sendo avaliado por diversos clubes e seleções. Por analogia, recentemente sua antiga equipe, a seleção da Espanha, optou por Roberto Martínez, que vem de um trabalho ainda mais questionável na Bélgica.
A mudança dos espanhóis, mostra a escassez do mercado em busca de grandes técnicos, com seleções promovendo trocas entre si. Um norte analisando Luis Enrique e Zidane, ainda atraí bons olhos, o primeiro inclusive possuí boa relação com Neymar Júnior, nos tempos de MSN.
Quem é Luis Enrique
Multicampeão, Luis Enrique já se aventurou dentro dos gramados, com uma carreira histórica. Possuí passagens por Sporting Gijón, Real Madrid e Barcelona, entrando no seleto grupo de campeões da La Liga nos dois gigantes espanhóis. Além disso, o ex-meia atuou por mais de 11 anos na seleção da Espanha.
Em 2008 assumiu o Barcelona B, posteriormente comandou a Roma, sem sucesso. Voltou ao país natal na temporada 2013/14, realizando um grande trabalho no Celta de Vigo. O bom momento, mais o conhecimento dos Culés, implicou em um convite para trabalhar na equipe principal. Logo colecionou diversos títulos na equipe da Catalunha, sem dúvidas o seu auge como comandante.
Após uma saída do Barça, assumiu a Espanha, com duas passagens pela seleção.
MSN e filosofia de jogo
Anunciado no Barcelona na metade de 2014, não demorou para Luis Enrique cair na graça da torcida. Na primeira temporada de estreia, o treinador venceu a Champions League e a La Liga, superando o poderoso Real Madrid de Cristiano Ronaldo, Benzema e companhia. Ao mesmo tempo, é atribuído a ele um trabalho de conjunção com o trio MSN, composto por Messi, Luis Suárez e Neymar, que encantou o futebol mundial.
A sua filosofia de jogo combinando posse de bola e intensidade, somado a experiência como atleta e no time B, casou perfeitamente com a Blaugrina. O que se viu, naquele momento, era um Barcelona que finalmente praticava um belo jogo, sem o seu tutor Pep Guardiola. Como recompensa, Enrique levou o prêmio de melhor treinador do mundo da FIFA em 2015.
Além disso, sob o comando do europeu, Neymar viveu seu melhor momento no futebol europeu. Sendo artilheiro da Champions League na 2014/15 e assumindo o protagonismo do Barcelona por muitas vezes. Na duas temporada seguintes, foram incríveis 43 assistências do brasileiro.
Entretanto, após a saída no gigante espanhol, o treinador chegou sob alta expectativa na seleção. O começo parecia promissor, com bom desempenho sobretudo na Nations League e Eurocopa, caindo para campeã Itália na final e semifinal.
Na Copa do Mundo, todos sabiam que a Espanha não tinha uma geração de encher os olhos e apostavam no técnico para usufruir o máximo dos atletas. Ainda assim, o comandante optou por uma renovação, deixando nomes importantes como Thiago Alcantâra e Sergio Ramos de fora. A conduta fora de campo também ficou marcada.
Polêmicas
As grandes polêmicas na carreira de Luis Enrique começaram na Espanha, principalmente na Copa do Mundo. Além da não convocação de veteranos no torneio mundial, o profissional levou o jovem Alejandro Balde, para o lugar de Gaya, lesionado. O lateral do Barcelona praticamente não tinha atuado profissionalmente, sendo a terceira opção do clube.
Do mesmo modo, a forma que a convocação era realizada de forma mais “espontânea”, também chamou atenção. O ex-treinador da Espanha chegou a anunciar uma convocação enquanto andava de bicicleta, em um programa do país.
O grande estouro viria quando o comandante decidiu virar streamer em meio ao início de uma Copa do Mundo. A decisão causou revolta de muitos torcedores que acusavam o comandante de perder o foco no grupo.
Na estreia da Copa do Mundo, os espanhóis foram avassaladores diante da Costa Rica, em seguida realizaram um dos melhores jogos contra a Alemanha, mas deixaram a vitória escapar. No terceiro jogo, uma atuação apática contra o Japão, de muitos passes trocados e poucas chances de perigo. Com uma segunda colocação, enfrentaram o surpreendente Marrocos e acabaram eliminados nos pênaltis, frustrando todos.
Luis Enrique ainda precisou lidar com controvérsias após convocação do seu genro, Ferran Torres, que era reserva no Barcelona.

