Rodrigo Capelo, hoje no Redação SporTV, explicou os motivos de o Chelsea fazer contratos tão longos com seus jogadores. Segundo ele, o principal motivo é o Fair Play financeiro. O jornalista explicou que quanto mais longo for o contrato menor é o impacto dessas contratações no balanço do clube, o que, por sua vez, permiti ao clube “escapar” às regras impostas pela UEFA.
Por exemplo, a contratação de Enzo Fernández, a mais cara da história do futebol inglês, será diluída nos 8 anos e meio de contrato que o meia argentino assinou com os Blues. Essa manobra permite que o time faça diversas contratações na mesma janela.
Muitos times britânicos estão utilizando esse expediente para reforçar seus elencos. Porém, essa nova estratégia está sendo muito criticada por outras ligas, que estão vendo a distância com a Premier League aumentar muito. Outro ponto é o risco de ter um vínculo tão longo com um jogador, o que pode se tornar um problema quando os valores são muito altos.
O Barcelona, por exemplo, sofre até hoje com os altos salários que envolveram a contratação de Frenkie de Jong. O clube catalão já tentou se livrar desses custos, mas sem sucesso. O jogador, obviamente, não quer abrir mão dos valores combinados com o clube.
Além disso, os clubes espanhóis não têm a mesma força econômica de clubes ingleses. Por essa razão é possível ver o Nottingham Forest contratando vários jogadores enquanto clubes de médio porte da Espanha não têm a mesma força para agir no mercado da bola.
Para se ter uma ideia, hoje o Nottingham Forest, time que contratou Scarpa, Danilo, Felipe, Renan Lodi, Keylor Navas entre outros está lutando contra o rebaixamento. Com isso os jogos da competição acabam se tornando alvo de uma audiência global e tomando um lugar que até pouco tempo era, por exemplo, ocupado por LaLiga.
Por essa razão, clubes como Barcelona, Real Madrid e Juventus sejam tão interessados na Superliga europeia. Para esses clubes seria melhor jogar nessa liga do que disputar os campeonatos regionais, que estão cada vez mais fracos frente a Premier League.
Resta saber se essa manobra dos ingleses vai gerar um completo domínio das equipes da Premier League no cenário europeu.
