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As informações apuradas pelo jornalista Allan Simon, do UOL Esporte, deram o que falar, nesta segunda-feira (27).
O Flamengo foi o time que mais arrecadou no ano passado com direitos de PPV (pay-per-view) do futebol brasileiro, com cifras que chegaram a ultrapassar a marca de mil vezes o valor registrado pelos “lanternas” deste quesito. Em sua coluna escrita no UOL Esporte, o jornalista Allan Simon ajudou a explica esse fenômeno.
Para se ter uma ideia, a equipe rubro-negra alcançou os R$ 163,9 milhões de faturamento com a Globo somente com os jogos transmitidos no Premiere. Essa quantia foi superior, inclusive, à porcentagem de vendas contemplada por cada equipe, baseada na preferência dos assinantes ao contratarem o pacote.
No cenário imaginado pela reportagem do UOL, o Flamengo teria um número de arrecadação consideravelmente menor se as cifras fossem “fiéis” aos dados da separação por torcida. Ao todo, o clube representou 21,5% de todo público que assinou o produto da emissora. Caso fosse essa a separação feita, ele teria recebido “apenas” R$ 79 milhões dos direitos do PPV.
Conforme explicou Simon, isso acontece porque a Globo tem a “obrigação contratual” de seguir os valores acordados de maneira prévia. Assim sendo, o Rubro-Negro não poderia ganhar os menos de 80 milhões da repartição por aficionados, afinal, o mínimo garantido pelo canal era de R$ 120 milhões — o que, corrigido na inflação, chegou ao montante de R$ 163,9 milhões já citado.
Os piores colocados do ranking levantado pela reportagem foram Red Bull Bragantino e Cuiabá, ambos com a mesma arrecadação de R$ 146,7 mil. Este valor é mais de mil vezes inferior ao embolsado pelo Flamengo no Brasileirão 2022, uma vez que eles representam, cada, 0,04% dos assinantes do serviço à la carte.
Confira a lista do PPV do Brasileirão 2022 (inclui times das Séries A e B):
Flamengo: R$ 163,9 milhões (21,5%)
Corinthians: R$ 110 milhões (12,2%)
Palmeiras: R$ 50 milhões (9%)
Grêmio: R$ 45,3 milhões (6,6%)
São Paulo: R$ 33,8 milhões (9,2%)
Vasco: R$ 24,9 milhões (6,8%)
Cruzeiro: R$ 22,1 milhões (6%)
Atlético-MG: R$ 19,9 milhões (5,4%)
Internacional: R$ 18,8 milhões (4,9%)
Fluminense: R$ 12,7 milhões (3,5%)
Botafogo: R$ 11,5 milhões (3,1%)
Santos: R$ 11,5 milhões (3,1%)
Bahia: R$ 7,3 milhões (2%)
Ceará: R$ 2,9 milhões (0,81%)
Fortaleza: R$ 2,3 milhões (0,6%)
Coritiba: R$ 1,9 milhões (0,5%)
Goiás: R$ 1,2 milhões (0,3%)
Avaí: R$ 1 milhão (0,27%)
América-MG: R$ 587,1 mil (0,15%)
Atlético-GO: R$ 550,4 mil (0,15%)
Juventude: R$ 366,9 mil (0,1%)
Red Bull Bragantino: R$ 146,7 mil (0,04%)
Cuiabá: R$ 146,7 mil (0,04%)
