O Barcelona será denunciado pelo Ministério Público da Espanha por ter, supostamente, praticado o crime de corrupção contínua no esporte. A informação é do jornal El País.
O clube é investigado por conta de pagamentos ao ex-vice-presidente da Comissão de Arbitragem espanhola Enríquez Negreira.
De acordo com o periódico, o órgão público vai apresentar a denúncia que tem o time catalão como pessoa jurídica, o ex-presidente Josep Maria Bartomeu e Enríquez Negreira como alvos.
De acordo com o atual mandatário do clube, Joan Laporta, o time catalão está sendo perseguido.
“O que ficou claro é que o Barcelona nunca comprou árbitros ou teve a intenção. Absolutamente nunca”, declarou.
“A contundência dos fatos contradiz aqueles que tentam mudar a história. Estamos bem novamente. Nada é acidental”, completou Laporta.
A investigação começou em maio de 2022 e teve como focos o ex-árbitro Enríguez Negreira e a empresa Dasnil 95 SL.
A apuração é de que o Barcelona pagou “enormes somas de dinheiro” para o ex-árbitro. As transferências ocorreram de 2001 a 2018 e de forma “ininterrupta”, segundo o MP.
O jornal El País também informa que o Barcelona vai ser enquadrado no crime de corrupção empresarial.
A irregularidade foi incluída, no Código Penal da Espanha, em 2010 e pode gerar punições mais severas.
A versão do Barcelona e demais envolvidos
O time espanhol se manifestou após o caso repercutir pela primeira vez. Em nota, o Barcelona disse que vai tomar as medidas legais contra “qualquer pessoa” que prejudique a própria imagem.
Enríquez e o filho já testemunharam no Ministério Público e afirmaram que nunca houve tratamento que pudesse favorecer, esportivamente, a agremiação da Catalunha.
Além disso, o ex-árbitro explicou que os pagamentos foram feitos por causa de um trabalho de assessoria que consistia em explicar, aos jogadores, as regras de comportamento para com a arbitragem.

