De forma despretensiosa, o primeiro capítulo de Amor Perfeito, a nova novela das seis da Globo, irá acirrar a rivalidade entre os torcedores de Atlético e Cruzeiro. É que, logo na primeira cena de Camila Queiroz, a protagonista da trama, haverá uma declaração de amor de sua personagem para o Atlético-MG.
Então, a mocinha vivida pela atriz, chamada Marê, aparece com uma garrafa num bar na cidade de São Paulo gritando “Gaaaaalo! Gaaaaaalo!”. Então, ela se depara com Orlando, um médico negro vivido pelo ator Diogo Almeida, com quem viverá par romântico. “Moça tão distinta torcendo para o Atlético”, provoca o futuro pretendente de Marê. Então, a personagem de Camila Queiroz rebate: “Torcedor do América”.
América já era decacampeão em Minas Gerais na época da novela
Dessa forma, a origem de Marê é a cidade mineira de Águas de São Jacinto, para onde a mocinha voltará da capital paulista. A primeira fase da novela acontecerá no ano de 1934. Na oportunidade, Atlético e América eram os clubes mais tradicionais de Minas Gerais, já que o Cruzeiro, então denominado Palestra Itália, se fortaleceria anos mais tarde.
Aliás, o Coelho já apresentava o histórico decampeonato entre 1916 e 1925. Enquanto o Palestra conquistaria o tricampeonato mineiro entre 1928 e 1930, o Atlético ganharia seu quinto título de Minas Gerais em 1932.
Sobre a cena que irá ao ar daqui a pouco, Camila Queiroz retuitou em sua rede social o recorte do vídeo do diálogo futebolístico. “Atlético x América”, escreveu a atriz, compartilhando a mensagem que insinua que as duas equipes formam a maior rivalidade de Minas Gerais. Aliás, o Twitter oficial do Atlético-MG repercutiu a mensagem da estrela global: “É o Galão”, interagiu.
Por fim, a atriz confirmou que a cena que ela grita “Galo” será a sua primeira aparição na novela. “Curiosidade sobre a cena do Atlético: é a minha primeira cena na novela… onde apresentamos a Marê”, informou Camila Queiroz, em seu Twitter.
O apelido Galo só se tornaria popular a partir dos anos 40 e 50
Curiosamente, o apelido do Atlético-MG não era ainda tão popular nos anos 30, embora a alcunha já existisse na época. Afinal, ela foi inspirada em um galo preto e branco que ganhava todas as rinhas de Belo Horizonte.
Posteriormente, o mascote seria eternizado na década seguinte, a partir dos desenhos do chargista Fernando “Mangabeira” Pieruccetti para o jornal A Folha de Minas. Por fim, na década de 50, o volante Zé do Monte costumava entrar em campo com o animal embaixo dos braços.

