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A Seleção Brasileira de natação conquistou cinco medalhas de ouro e duas de prata nesta sexta-feira, 10 de março, no segundo dia da etapa do World Series de Lignano, na Itália.
Entre os pódios do dia, a pernambucana Carol Santiago, atleta da classe S12 (para atletas com deficiência visual) bateu o recorde mundial dos 50m livre. A atleta completou a prova com tempo de 26s68 e superou a própria marca de 26s72, registrada em junho de 2021, no Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo.
As provas nesta etapa do World Series são multiclasses e os atletas são premiados de acordo com o Índice Técnico da Competição (ITC). O evento continua até o próximo domingo, 12 de março.
Carol Santiago: conquistas
Eleita pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) como melhor atleta paralímpica de 2022, na categoria feminina, o que não falta para a pernambucana de 37 anos são conquistas.
Ela é dona de cinco medalhas em Jogos Paralímpicos: três ouros (100m peito, 100m livre e 50m livre); uma prata (revezamento 4x100m livre) e um bronze (100m costas). Todas essas medalhas vieram na edição dos Jogos de Tóquio, realizados em 2021.
Além disso, a nadadora ostenta 11 medalhas em mundiais, no total: 8 ouros (100m borboleta, 50m livre, 100m livre, 100m peito, 100m costas, 4×100 medley e 4×100 livre) e 3 pratas (100m costas e 4×100 livre).
Esses números são somando as duas participações em mundiais de Carol: Londres (2019) e Ilha da Madeira (2022).
Outros resultados do Brasil no World Series
Além de Carol, outros atletas brasileiros fizeram bonito em piscinas italianas.
um pódio formado por duas atletas brasileiras, justamente nos 50m livre feminino. A potiguar Cecília Araújo, da classe S8 (comprometimentos físico-motores), terminou com a medalha de ouro e tempo de 30s44, seguida pela fluminense Mariana Gesteira, da classe S9, que ficou com a prata ao nadar em 28s83.
A prova também rendeu à Cecília o novo recorde das Américas pela sua classe. A marca continental anterior era dela mesma, que completou a prova em 30s45 em setembro de 2019.
Outra marca de destaque foi obtida pelo nadador mineiro Gabriel Araújo, da classe S2 (comprometimentos físico-motores severos), que bateu o recorde das Américas nos 50m livre ao fechar a prova em 51s91. O recorde anterior era de 53s08, anotados pelo próprio Gabriel em março de 2022. Com o resultado, o atleta chegou a sua terceira medalha na competição.
A nadadora mineira Patrícia dos Santos, da classe S4 (comprometimentos físico-motores) também subiu ao pódio ao conquistar a medalha de prata na prova dos 50m peito com tempo de 1min0017.
Já pela classe S14 (para atletas com deficiência intelectual), o paulista Gabriel Bandeira bateu o recorde mundial na prova dos 50m livre considerando somente as marcas da Federação Internacional de Esportes para Atletas com Deficiência Intelectual (Virtus).
O campeão mundial na Ilha da Madeira 2022 e paralímpico nos Jogos de Tóquio 2020 cravou o tempo de 24s12 e superou os 24s31 do russo Viacheslav Emeliantsev, ficando com a medalha de ouro na disputa.
Ele conquistou o seu segundo ouro ao também bater o recorde das Américas nos 200m borboleta ao fazer o tempo de 2min10s57 e ser mais rápido do que os 2min15s00 do argentino Daniel Cancinos, sendo essa marca considerando os tempos do World Para Swimming, braço do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês) que rege a modalidade mundialmente.
Já o mineiro João Brutos, também da classe S14, registrou mais um recorde mundial para o Brasil no dia ao completar a prova dos 50m peito em 29s96 e ser melhor do que os 30s29 do holandês Alwin Houtsma, também considerando somente as marcas da Virtus. Ficou com a medalha de ouro da prova.
Nesta quinta-feira, 9, a Seleção Brasileira estreou na competição com a conquista de três medalhas de ouro e uma de prata. Neste sábado, Gabriel Araújo (S2), o carioca Douglas Matera (S12), o paulista Gabriel Bandeira (S14), Cecília Araújo (S8), Carol Santiago (S12), e Mariana Gesteira (S9) estarão presentes na prova dos 100m costas.
