Desde a semifinal do Campeonato Gaúcho que resultou na classificação do Caxias contra o Internacional nos pênaltis e a terrível invasão no gramado, o mundo conheceu a imagem de um torcedor que carregou a filha no colo durante as agressões. O ato que causou revolta e indignação foi rapidamente analisado pela polícia, confira desdobramentos.
O que acontecerá com torcedor do Internacional com criança no colo?
Após o incidente, rapidamente a polícia tomou ações e determinou que a criança passará por uma perícia psíquica. O pai com a menina no colo agrediu um jogador do Caxias, assim como um profissional da imprensa. Antes disso, haverá uma avaliação de lesão corporal, verificando se houve algum tipo de dano físico.
No entanto, o pedido de perícia psíquica avaliará o trauma causado pelos momentos e incidente presenciado pela criança. Segundo o Delegado do Departamento de Proteção a Grupos Vulneráveis de Porto Alegre, Christian Nedel afirmou: “a perícia psíquica consiste em entrevistas com a criança. Pela espontaneidade dela os profissionais percebem o que eventualmente possa ter trazido o que ela vivenciou, de traumas e efeitos. São rodas de entrevistas que vão consolidando um parecer psiquiátrico. Muitas vezes isso é fundamental para o embasamento de um indiciamento e condenação. É uma análise pericial que pode dar materialidade ao delito, além das filmagens que são robustas e dos relatos testemunhais”.
E o pai?
Além das agressões presenciadas, o delegado afirma que o pai não mostrou nenhum tipo de arrependimento e garante que as ações foram para “defender a si mesmo e a filha”. A Delegada Elisa Souza também afirmou: “ouvimos o pai e mãe da menina, ele relatou que não percebeu as consequências do ato, que não acreditava que estava expondo a menina a qualquer risco. Ele ingressou no campo como forma de proteção, desferiu socos e chutes contra a pessoa que ele afirma não saber que era jogador. O intuito, segundo ele, era proteger a filha. A mãe da menina não estava presente, relatou que soube dos fatos no momento, que ligou e posteriormente falou com o pai. Ela disse que ele não se sentia culpado ou via qualquer ato irregular”.

