Essa temporada da LaLiga tem sido marcada mais pelos eventos extra campo do que pelo que tem acontecido dentro das quatro linhas. Um dos pontos mais em evidência tem sido a arbitragem. Para piorar a situação, o escândalo envolvendo Barcelona e Enriquez Negreira surgiu nas últimas semanas, jogando ainda mais “gasolina”, na fogueira que está se formando na Espanha.
O escândalo se refere a pagamentos que seriam feitos periodicamente pelo Barcelona para o ex-árbitro Enriquez Negreira. O clube afirmou que se trataria de uma “consultoria” para os jogadores quanto à forma como eles deveriam agir diante da arbitragem na LaLiga.
Apesar da explicação, os clubes que disputam a LaLiga imediatamente protestaram contra o acontecido, pedido investigações por parte dos órgãos que comandam o futebol no país.
Nessa semana, Andreu Camps, secretário-geral da Federação Espanhola de Futebol, falou durante uma sessão com um grande número de árbitros das principais divisões do país, discursando sobre as novidades do caso e se referindo a medidas feitas no passado envolvendo Enriquez Negreira:
“Uma empresa foi contratada para controlar possíveis manipulações de resultados. Nenhuma delas tem qualquer relação com o que está sendo dito. Enriquez enviou três burofaxes pedindo reintegração ou indenização pelo que considerou demissão injusta. Nenhuma resposta foi dada.”, citou ele.
Camps ainda falou sobre as medidas que estão sendo feitas, como um questionário que foi passado aos árbitros e respondidos por todos eles, com exceção de um, cujo nome não foi divulgado.
Secretário-geral defendeu a categoria dos árbitros da LaLiga
No final de seu discurso, Camps falou sobre a classe dos árbitros da Espanha, fazendo um paralelo com os políticos e destacando que, caso seja confirmada caso de corrupção, isso não fará com que todos sejam rotulados dessa forma:
“A corrupção de alguns políticos não torna a classe política corrupta. O mesmo acontece com os milhares e milhares de árbitros. Recusamos que isso tenha consequências para os árbitros honestos e profissionais do grupo de arbitragem. Não podemos pôr em causa todo o sistema desportivo por mais que um clube tenha feito num determinado momento”, concluiu ele.

