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Presidente do Vitória é alvo de ameaças de morte e pode renunciar ao cargo

Fábio Mota pretende entregar o cargo em razão das ameaças de morte que ele e seus familiares sofreram nos últimos dias

Renato Roschel
Editor-chefe do Torcedores.com. Há mais de 30 anos com trabalhos nas áreas de jornalismo e produção de conteúdo. Já colaborou para jornais como Folha de S. Paulo e Valor Econômico. Foi correspondente da Rádio Eldorado em Londres, editor da Revista Osesp e é tradutor, revisor, organizador e autor de diversos livros, entre eles, Literatura Livre: ensaios sobre ficções que formaram o Brasil, obra publicada pelo Sesc em 2022.

Segundo o jornalista Marcello Góis, do site Arena Rubro-Negra, e o jornal Correio, o presidente do Vitória, Fábio Mota, e o diretor de Futebol Edgard Montemor Filho devem entregar seus cargos por temer algum tipo de represália violenta. Ambos foram alvos de ameaças de morte, as quais incluiram também familiares dos dirigentes.

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A atual diretoria do Vitória enfrenta mais uma grave crise após as eliminações na Copa do Brasil e no estadual, campeonato do qual o Leão foi desclassificado na primeira fase pelo quinto ano consecutivo.

Eleito em setembro de 2022, Mota assumiu em 2021, quando o antigo presidente do Vitória Paulo Carneiro foi afastado do cargo. Ele era então presidente do Conselho Deliberativo e comandou o clube em uma bela disputa na Série C, que culminou no acesso à Série B, campeonato que o Leão vai disputar em 2023.

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Mota, que recebeu 64% dos votos na eleição, deveria comandar o Leão pelos anos de 2023, 2024 e 2025. O principal objetivo, obviamente, era fazer uma boa Série B e quem sabe lutar pelo acesso à elite do futebol nacional. Porém, com o desempenho desse início de ano e as seguidas desclassificações, a crise tomou conta novamente do clube.

Atual vice-lanterna na Copa do Nordeste, o Vitória, nessa temporada, disputou 17 partidas, perdeu sete, venceu cinco e empatou outras cinco. Sofreu 24 gols e marcou 20. Mota, que trocou o técnico Léo Condé por João Burse, trabalhava para recolocar o Vitória nos trilhos.

Agora, caso ele deixe a presidência do clube, o vice-presidente Djalma Abreu deverá assumir um clube mergulhado na crise e com membros de sua diretoria se desligando do Vitória em razão de ameaças de morte. Certamente, um cenário muito triste para um clube com uma história tão bonita.

Em entrevista para o site Bahia Notícias, Fábio Mota disse: “Recebi ameaças. Nem eu e nem minha família merecem isso”.

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O site, que teve acesso às mensagens do celular do presidente do Vitória, publicou alguns desses textos. Neles é possível ler trechos como: “Seus filho merece um monte de tiro na cara”.

A crise no Vitória vem desde 2015, quando Carlos Falcão decidiu renunciar à presidência do clube. Depois disso, Ivã de Almeida também renunciou à presidência em 2017. Em seguida, em 2019, Ricardo David, deixou a presidência após sócios do clube aprovarem a antecipação das eleições. Paula Carneiro venceu o pleito, porém também foi afastado.