Home Futebol Entenda o motivo de Ronaldo ser alvo de criticas de torcedores do Cruzeiro e Valladolid

Entenda o motivo de Ronaldo ser alvo de criticas de torcedores do Cruzeiro e Valladolid

Acionista majoritário da SAF do clube mineiro não vem agradando os torcedores da Raposa

Erick Montezano
Colaborador do Torcedores

Na tarde do último sábado, dia 11, durante a derrota pelo placar 2 a 0 para o América-MG, no confronto de ida das semifinais do Campeonato Mineiro de 2023, os torcedores do Cruzeiro se revoltaram com a situação do clube e começaram a xingar Ronaldo Fenômeno, que acompanhava a partida em um camarote.

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Na Espanha, também é relativamente comum ver manifestações de apoiadores do Valladolid, tanto nas redes sociais quanto em faixas estendidas no estádio e centro de treinamento do clube, com palavras contrárias ao ex-atacante brasileiro.

Quase que uma unanimidade nos tempos em que brilhava nos gramados, o segundo maior artilheiro da história das Copas do Mundo (com 15 gols marcados) está longe de gozar desse mesmo status na carreira que escolheu seguir nos últimos anos: a de dono de clubes de futebol.

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A reclamação principal de quem ama o Cruzeiro e dos apaixonados pelo Valladolid, os dois times que têm o Fenômeno como acionista majoritário, é exatamente a mesma: a gestão Ronaldo manda muito bem nas áreas administrativa e econômica (o que aumenta o lucro do seu dono), mas mostra pouca ambição em conseguir resultados expressivos dentro de campo.

A gestão de Ronaldo

Ambos os clubes estavam em situação financeira lamentável, com endividamento superior à sua capacidade de pagamento, quando foram comprados pelo ex-jogador brasileiro.

O Valladolid, que teve suas primeiras ações adquiridas pelo ex-atacante ainda no ano de 2018, até já se transformou em um time superavitário.

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Em outras palavras, a equipe dá lucro e as receitas superam as despesas. O Cruzeiro, por outro lado, ainda está no começo do processo de recuperação. Mas, nas palavras do seu gestor, “já saiu da UTI” e agora está “apenas” no hospital.

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Só que a principal receita administrativa do ex-jogador para colocar a casa em ordem não é o aumento de receitas (como fazem outros donos de clube mundo à fora), mas sim o enxugamento de despesas.

E essa política costuma implicar em redução de gastos com pagamento de salários e compra de direitos econômicos de jogadores. Na prática, esse corte significa elencos mais modestos e, quase sempre, menos competitivos. Isso é justamene o que acontece com o Cruzeiro SAF de Ronaldo Fenômeno.

Nas quatro temporadas completas da administração Ronaldo, o Valladolid faturou 30,2 milhões de euros, algo em torno de R$ 170,5 milhões, na venda de atletas.

No entanto, o clube não reinvestiu nem 70% desse valor (19,5 milhões de euros, ou R$ 110 milhões) em melhorias no elenco. Será que no Cruzeiro o ex-jogador seguirá o mesmo modelo de gestão? Apenas o tempo poderá responder.

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