Uma história que envolve amizade, confiança e por fim um golpe milionário em jogadores do Palmeiras, consequentemente crimes relacionados.
Companheiros no Verdão, Gustavo Scarpa, Mayke e Willian Bigode foram capa de sites, jornais, programas de televisão, tudo por um suposto golpe milionário que foram vítimas.
De acordo com a coluna Lei em Campo, do Uol, no total, os jogadores investiram quase R$ 11 milhões em criptomoedas.
O valor foi aplicado em maio do ano passado em uma empresa, a Xland Holding, que foi indicada por outra empresa de investimentos, a WLJC, que tem como sócio o atacante Willian Bigode.
O montante investido fica por conta R$ 6,3 milhões, de Gustavo Scarpa, enquanto Mayke colocou quase R$ 4,1 milhões. As empresas, por sua vez, prometiam retornos que iriam de 3,5% até 5% ao mês.
Evidentemente, uma margem muito acima que o mercado pratica, e quando os jogadores pediram o resgate não tiveram sucesso.
Agora, Mayke e Gustavo Scarpa movem ações contra as empresas.
Empresas envolvidas no golpe
Xland: nesse caso, por não realizar o pagamento no prazo e não fornecer qualquer informação sobre o dinheiro investido.
WLJC: pela indicação dos serviços e atuação como parceira comercial da Xland.
Soluções Tecnologia Eireli: foi responsável pelo recebimento e transformação da moeda corrente para criptomoedas.
Ainda, de acordo com um levantamento da ESPN Brasil, as duas empresas envolvidas no golpe milionário nem tinham licença para investimentos em criptomoedas.
O que deve acontecer agora
De acordo com João Marcello Costa, advogado criminalista, irá existir um Relatório de Inquérito a ser enviado ao Ministério Público, que aí deve oferecer denúncia criminal.
Especificamente, sobre Willian Bigode, o advogado diz que o envolvimento ou não do jogador deve ser apurado pela polícia.
Quais crimes os envolvidos podem responder?
Costa ainda cita que o caso se configura como estelionato, previsto no artigo 171 do Código Penal.
Portanto, em tese, Scarpa e Mayke parecem ter sido induzidos a erro, e como não houve o retorno do dinheiro, acaba-se por caracterizar a ocorrência do crime de estelionato.
Por fim, Costa explica que os sócios da Xland ainda devem responder por outros crimes, além do estelionato.

