Quem não nunca assistiu uma partida de futebol raiz que atire a primeira pedra. A pressão da torcida junto ao alambrado, a comemoração de um gol subindo nas grandes, as provocações aos rivais e assistindo tudo praticamente dentro do campo. Isso tudo ainda é possível na Série A2 do Campeonato Carioca.
No entanto, a Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro tem intensificado as fiscalizações nos estádios que serão utilizados na segundona. Isso porque, a entidade vem trabalhando para melhorar o nível da competição e, por isso, vem exigindo uma série de melhoras em várias áreas: arquibancadas, vestiários, segurança e, principalmente, gramado.
“Hoje todo mundo tem que fazer o licenciamento para disputar a Série A2. Os clubes precisam entregar suas declarações, fazer os certificados de registro e financeiro. Além disso, é preciso fazer uma licença para utilização do estádio. Esse documento serve para indicar onde o clube irá jogar durante a competição”, disse o diretor de competições da FFERJ, Marcelo Vianna, em entrevista ao canal “OurSports”, antes de prosseguir:
“Acho que os clubes entenderam a necessidade de melhorar suas praças. Hoje, os dirigentes entenderam que precisam jogar em casa, para atrair torcida e gerar receita. Ainda existem clubes que necessitam de ajuda da federação. Mas, a grande maioria tem investido muito na reforma das arquibancadas, gramado e segurança. No futuro, nós vamos precisar de mais estádios em condições para atender uma possível demanda comercial”, finalizou Marcelo Vianna.
Jornalista destaca melhoria no Carioca Série A2
Apesar disso, não há como negar que todo o estádio seja ele grande ou pequeno tem um grande simbolismo para seus torcedores, clubes, jogadores e até cidades onde eles ficam localizados. O jornalista Cassiano Carvalho, do canal “OurSports”, especialista em segunda divisão do Rio de Janeiro, analisou a mudança de protocolo para a competição deste ano.
“Antes os clubes deixam para resolver a situação dos estádios na semana da estreia, era comum acontecer mudança de local de jogo com menos de 48 horas para a partida. Hoje o cenário não é o ideal, mas já melhorou muito. Os clubes estão atentos ao protocolo e entenderam a importância de jogar em casa. É uma competição muito difícil onde o mando de campo faz muita diferença”, disse o jornalista antes de finalizar:
“A qualidade do gramado melhorou significativamente. Estádios como o do Sampaio Corrêa e do Artsul tem gramado de Série A do Brasileirão. Isso sem contar com o estádio do América, e a rua Bariri do Olaria e o estádio do Friburguense que são tradicionais. Vale lembrar que o Alzirão em Itaboraí é um estádio muito usado nessa competição, apesar de acanhado, recebe muito bem a imprensa, torcida e clubes. Por ter uma boa estrutura é muito procurado por clubes da região quando não conseguem liberar seus estádios”.
Estádio Giulite Coutinho
A casa do America fica no munício de Mesquita na Baixada Fluminense. O estádio tem condições de receber 13.544 torcedores. Porém, o local teve sua capacidade reduzida para 12.150 por questão de segurança. O estádio, que atualmente passa por reformas, tem bons vestiários para visitantes e arbitragem. Além disso, o Giulite Coutinho tem amplo estacionamento e boa tribuna de imprensa.
Estádio Eduardo Guinle
Localizado em Nova Friburgo, Região Serrana do Rio de Janeiro, o Estádio Eduardo Guinle tem capacidade para 5.500 pessoas. O local tem gramado de “primeira divisão”. Além disso, o estádio tem vestiários confortáveis para visitantes e arbitragem. E também disponibiliza confortáveis cabines de transmissão para rádio, tv e web.
Estádio Cláudio Moacyr
É considerado um dos principais estádios do interior do estado do Rio de Janeiro. O Moarcyrzão, como é conhecido popularmente, está passando por reformas. O local tem capacidade para 15 mil torcedores. Durante muitos anos foi considerado uma praça de esportes de excelência pela crônica esportiva do Rio de Janeiro. A Prefeitura de Macaé não está poupando esforços para entregar o estádio antes da estreia do Leão do Norte-Fluminense na Série A2.
Estádio Antônio Mourão Vieira Filho
Conhecido popularmente como Estádio da Rua Bariri, o complexo esportivo pertence ao Olaria. Com capacidade para 12 mil torcedores, o local está habilitado para operar com sua capacidade máxima. Além disso, o estádio tem bom gramado, tribuna para visitantes, vestiários confortáveis e cabines para transmissão de rádio, tv e web.
Estádio Municipal de Resende
O Estádio do Trabalhador, como é conhecido popularmente, pertence ao SESI e, é administrado pela Prefeitura de Resende. O espaço tem capacidade para 10.500 espectadores. O local será utilizado pelo Resende na Série A2. O governo local planeja ampliar o estádio nos próximos quatros anos. Isso porque, o Gigante do Vale pretende mandar seus jogos contra Botafogo, Flamengo, Fluminense e Vasco em sua casa no futuro.
