Vanderlei Luxemburgo já recebeu algumas críticas por supostamente não aceitar as mudanças do futebol moderno. Em entrevista coletiva nesta sexta-feira (5), ele explicou seu pensamento e ganhou elogios do jornalista Benjamin Back, o Benja, que disse:
“Parabéns, Luxa. Que baita entrevista! Primeiro, muito legal que às vezes tem gente que te ridiculariza de forma injusta e diria até invejosa. Como você falou hoje, se fala tanto em modernidade, mas a modernidade que pregam é só nas palavras. Nas atitudes, nada. Você pregava essa modernidade com atitudes. Então, parabéns. Não precisa ficar com essas nomenclaturas cheias de onda que ninguém entende”, afimou Benja.
Depois de ficar um tempo sem treinar um clube, Luxemburgo retornou aos 70 anos de idade ao Corinthians, onde fez sucesso tempos atrás. Com a personalidade de sempre, ele vem assumindo a responsabilidade no momento de crise do clube e não se esconde nas entrevistas, algo que foi elogiado pelo jornalista:
“Parabéns por ter assumido a responsabilidade e ter dado a cara a bater. O torcedor do Corinthians está apostando muito em você, ele acredita muito. Se depender dessa diretoria omissa, nada vai acontecer. Estou torcendo, Luxa, vai dar certo”, concluiu Benja nas redes socias.
O Corinthians volta a campo na segunda-feira (8), contra o Fortaleza, pela quarta rodada do Brasileirão Série A, na Neo Química Arena.
O que disse Luxemburgo sobre o tema?
Em entrevista coletiva nesta sexta, o treinador explicou seu posicionamento sobre o assunto: “Eu continuo com o mesmo pensamento e reconhecendo que muitas das coisas que têm hoje, foi o Luxemburgo que trouxe. Eu acho que eu já vinha como vanguarda. Eu vejo isso como uma coisa positiva, essa discussão. O que mudou? A tecnologia é moderna? A tecnologia foi mudada porque acharam que tinham que mudar”, explicou o técnico do Corinthians.
“Eu sei todos os nomes que você quiser, mas não quero perder a essência do futebol brasileiro”, garantiu Luxa. “Se você me falar e mostrar qual a diferença tática que existe do passado e hoje, nenhuma. Onde está a modernidade? No avanço que o Corinthians tem aqui, quando falavam que eu levava uma patota, hoje tem aqui”, prosseguiu dizendo.
“A grande mudança é na ocupação do espaço com rapidez. Eu vou bater nisso aí. Eu gostaria que a modernidade chegasse, mas sem prostituir as características do nosso futebol”, disse ele. “Eu não brigo contra, eu trago isso. Essa coisa de coletiva, no passado, era no vestiário”, completou.

