O Santos negocia com a empresa Qatar Sports Investments (QSI), que comanda o projeto rico do PSG nos últimos anos. No entanto, o presidente Andres Rueda não é adepto do modelo SAF e não quer deixar o clube do litoral ser controlado pelos estrangeiros.
Neste cenário, o jornalista Paulo Vinícius Coelho, o PVC, explicou as negociações e detalhou o processo, em declaração no “De Primeira”, do Uol. O fundo tem interesse em adquirir parte do Peixe e pode adotar um modelo semelhante ao que acontece com outros clubes.
“O que está acontecendo é que o QSI, que é o Qatar Sports Investments, tem a ideia de fazer uma parceria com o Santos parecida com o que fez com o Braga, um modelo muito difícil de se encontrar. Desde que nasceu a SAF, o que se diz é que nenhum investidor vai querer colocar dinheiro aqui sem ser controlador do processo”, iniciou dizendo PVC.
“O Santos nunca pareceu disposto, pelo menos nesse momento, a entregar o controle acionário para um investidor estrangeiro. Acontece que a QSI já fez investimentos com menos de 50% em outros clubes, por exemplo, o Sporting Braga. Ele tem 23% das ações do Braga e colocou um dos seus gestores na administração junto com o Braga”, explicou o jornalista.
As negociações seguem em andamento é há certo otimismo do Santos. Neymar pai é quem faz o intermédio entre as partes e estreita o caminho das conversas.
“A QSI, por causa da ligação do Neymar pai e do Neymar filho com o Santos, se interessa em comprar uma parte minoritária do Santos. Para isso, o Santos teria que virar SAF e a QSI faria aquilo que parece inexplicável, botar o dinheiro na mão de um clube que vai administrar esse dinheiro”, disse PVC.
“Vai comprar se o Santos mudar a figura jurídica, mudar, por exemplo, para SAF. Pode não ser SAF, pode ser S.A., como é o caso do Red Bull Bragantino, que paga 35% de imposto em cima do lucro”, informou o jornalista.
O Santos não vive um momento financeiro confortável. Rueda buscou ao longo de seu mandato diminuir as dívidas, o que gerou críticas por conta do baixo investimento no futebol. O Alvinegro Praiano correu riscos de rebaixamento no Paulistão e Brasileirão nos últimos anos, mas conseguiu evitar o que seria algo inédito em sua longa história.

