Home Futebol Santos não deseja se tornar SAF e busca alinhar “investimento no futebol” com dono do PSG

Santos não deseja se tornar SAF e busca alinhar “investimento no futebol” com dono do PSG

Conversas com a QSI, empresa que controla o PSG, estão em andamento, mas ainda em estágio inicial

Paulo Foles
Paulo Foles atua como redator do Torcedores.com desde 2018. Neste período, cobriu grandes eventos esportivos, incluindo a Copa do Mundo e Olimpíadas. Com passagem em "Futebol na Veia", "Esporte News Mundo", "The Playoffs" e outros, tem como foco o futebol brasileiro e internacional, além de experiências com NBA e NFL.

A negociação do Santos com a Qatar Sports Investments (QSI), empresa do governo do Catar que comanda o futebol do PSG, está em andamento neste momento, segundo informações do GE. O “L’Équipe” e o “Le Parisien”, dois dos principais jornais da França, também repercutiram nesta terça-feira (23) sobre a novidade.

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O que é discutido são os termos de um possível negócio. O Santos não quer se transformar em SAF e deseja alinhar um modelo de “investimento do futebol” com o grupo estrangeiro. De acordo com o site “Diário do Peixe”, o Peixe tem como exigência ser “dono da parte majoritária nas negociações com jogadores”.

Mesmo que seja só um investimento da QSI e não a posse do clube em formato de SAF, o Santos quer ter o direito sobre atletas comprados. Neste cenário, então, é que entra algumas dificuldades que precisam ser resolvidas: o investidor, geralmente, quer ter o controle completo nas decisões do clube, algo que afastou outros investidores da equipe do litoral nos últimos anos.

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A QSI, que tem como principal parte do projeto o PSG, adquiriu em 2021 21% do Braga, de Portugal, e deseja explorar o mercado do futebol mundial em busca de novos investimentos.

No geral, o Santos enxerga algumas barreiras, como as citadas acima. Com Neymar pai como intermediário, as conversas são para definir esses detalhes e há um certo sentimento de otimismo. No entanto, o grupo do Catar gostaria de ter algum tipo de garantia em relação aos investimentos.

O que pensa a atual gestão do Santos sobre a SAF?

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No ano passado, os sócios do Peixe aprovaram algumas mudanças no Estatuto Social do Clube após votação. Com mais de 2 mil votos “sim” e um pouco mais de mil “não”, a possibilidade de SAF se tornou real, além de outros assuntos que foram colocados na mesa em Assembleia Geral Extraordinária. Para isso acontecer, teria que haver um processo no Comitê de Gestão para definir se a venda do clube seria concretizada ou não.

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Apesar disso, o atual presidente do Santos, Andrés Rueda, se mostrou contra o modelo: “Quando gente fala de SAF, precisamos entender o estágio do futebol brasileiro. Infelizmente, por gestões passadas, numa grande maioria, eles conseguiram transformar uma indústria de muito dinheiro, em situação catastrófico”, começou explicando ele no “Brasil Futebol Expo” do ano passado.

“Não todos os clubes, mas quando vamos analisar como chegamos nessa situação, ou porque passou por uma gestão amadora, ou porque teve dolo. Alguns clubes que hoje estão em um patamar acima, o que diverge dos outros, tentaram antes resolver isso”, afirmou Rueda.

“Eu costumo falar: futebol tem uma característica. Ele consegue gerar jogadores ricos, dirigentes ricos, empresários milionários, e clubes falidos. Quando você tem essa situação, algo precisa ser feito. Eu jamais serei o presidente que vendeu o Santos”, terminou dizendo o presidente.

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