Em menos de três anos no comando técnico do Verdão, Abel Ferreira já conquistou uma seleta galeria de títulos, mas também acumulou polêmicas com a arbitragem, seja por declarações ou comportamentos à beira do campo, tendo inclusive ultrapassado a marca de 50 cartões recebidos.
No programa “Jogo Aberto” desta segunda (12), Renata Fan e Denílson analisaram o episódio ocorrido no clássico do Palmeiras contra o São Paulo, onde o português “peitou” Calleri, depois de uma falta. Na visão do pentacampeão, Abel Ferreira não é “perseguido” pela arbitragem, e tem dado motivos para críticas por conta do comportamento visto.
“O Abel mais uma vez pediu desculpa. Toda hora ele comete um exagero à beira do campo, foi punido com o cartão amarelo. Quando ele fala da adrenalina, de quando o árbitro apita e os ânimos ficam à flor da pele, eu até entendo, porque vivi isso dentro campo por muito tempo. Contudo, também entendo que, dentro de uma hierarquia de um jogo de futebol, o treinador precisa de tranquilidade para passar isso aos jogadores, e o Abel não está tendo isso.
“Durante o jogo ele reclama demais, perturba demais o quarto árbitro, e aí não dá pra falar toda hora ‘o Abel Ferreira é perseguido’. Ele dá motivos”, disparou Denílson.
ABEL FERREIRA SE DESCULPA
No papo com a imprensa após a vitória sobre o São Paulo, o treinador do Palmeiras classificou a atitude para com o camisa 9 adversário como algo de jogo e de competitividade, mas destacou que já resolveu tudo com Calleri na saída do gramado, quando Raphael Claus apitou o final de clássico.
“Tem imagens que valem por mil palavras. Se vocês quiserem saber quem é o Abel profissional e o Abel pessoal aquele sou eu. Competir quando o On está ligado e o outro sou eu quando se desliga o On. Tenho um respeito e admiração pelo Calleri e aquela foi uma situação que aconteceu lá dentro e fica la dentro e tudo bem”, disse Abel Ferreira, fazendo questão de pedir desculpas pelo ocorrido.
“E quando erro faço como todo mundo faz, peço desculpas não procuro ser melhor que ninguém, mas tem momento que cometo meus erros e isso não impede que eu não possa melhorar. Os erros são aqueles que ajudam a sermos melhor no presente e no futuro”, complementou o treinador palestrino.

