Ex-Flamengo revela que assinou com o clube por medo de guerra na Ucrânia
Ex-Flamengo, Eduardo da Silva, assinou com o Rubro Negro em 2014
Nesta segunda parte da entrevista ao Torcedores.com, a primeira pode ser conferida aqui, Eduardo da Silva, relembra sua carreira em clubes. No Flamengo, ele assinou após a Copa de 2014 e o ex-atacante foi bem sincero em relação a sua passagem pelo Rubro Negro.
O papo também abordou outros dois times da carreira do jogador naturalizado croata: Arsenal e o “brasileiro” Shakhtar Donetsk.
Torcedores: Falando de clubes onde passou, como viu o vice-campeonato do Arsenal na última Premier League? Acha que com Arteta e Gabriel Jesus, o time pode faturar o título num futuro próximo?
Eduardo: Sim, acompanhei o Arsenal, nesta temporada. Na verdade, eu nem esperava que eles fossem disputar o título. A perda do título, da maneira que foi, é doída, mas são coisas do futebol. O Liverpool perdeu para o City, há três temporadas, dessa maneira.
Acredito que a equipe mantendo a base e o técnico pode brigar, pelo campeonato, na temporada que vem. O mais importante foi voltar à Champions League.
T: Como foi jogar no “brasileiro” Shakhtar Donetsk? Como era o dia a dia, a relação com o técnico, a influência da “brasilidade” na equipe?
E: Na minha época, tinham dez brasileiros que eram do clube e mais quatro emprestados. Para mim, foi uma experiência interessante, porque saí com 16 do Brasil para jogar na Croácia e não fiz base aqui. Foi a primeira vez que tive contato com tantos brasileiros. O (técnico) Mircea Lucescu era romeno, e também, falava português. Isso, nos deixava bem à vontade.
T: Como você define sua passagem pelo Flamengo? Tem acompanhado o clube, atualmente?
E: A minha passagem por lá foi bem curta. Em 2014, meu contrato estava acabando com o Shakhtar e estavam começando os conflitos na Ucrânia. Fiquei com medo de voltar. Como estava aqui para a Copa do Mundo, tirei umas férias, e aí veio o convite. Então, acabei assinando. Fiz gols importantes que tiraram o Flamengo do rebaixamento. Atualmente, moro no Rio, tenho um filho que joga na base e percebo que o clube está em outra dimensão.
T: Na mesma época, o Luxemburgo foi seu técnico. Como era sua relação com ele? Como você acha que ele pode agregar ao Corinthians, hoje?
E: Minha relação com ele, naquela oportunidade, era normal. Como todas devem ser. Acredito que ele possa agregar bastante ao Corinthians pelo momento que o clube vem passando.
