Home Futebol Ex-Flamengo e Arsenal, brasileiro naturalizado assume posição ‘inusitada’ na Croácia e exalta Modric: ‘Deixa um legado’

Ex-Flamengo e Arsenal, brasileiro naturalizado assume posição ‘inusitada’ na Croácia e exalta Modric: ‘Deixa um legado’

Ex-atacante rasga elogios ao camisa 10 do Real Madrid e relembra corte para Copa do Mundo

Carlos Lemes Jr
Olá! Sou Carlos Lemes Jr e sou Jornalista formado, desde 2012, e no Torcedores, desde 2015. Matérias exclusivas pelo site publicadas nos portais IG, MSN e UOL. Escrevo sobre: futebol, mídia esportiva, tênis e basquete. Acredito que o esporte seja uma ótima ferramenta de inclusão, pois, sou cadeirante. Então, creio que uma das minhas "missões" aqui no Torcedores seja cobrir esporte paralímpico. Hobbies: ler, escrever e escutar música.

A posição de atacante pode não ser uma das mais diplomáticas do futebol, porque está sempre brigando dentro da área com zagueiros e goleiros. Mas um ídolo do futebol croata está disposto a mudar essa imagem: Eduardo da Silva

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O brasileiro, que fez carreira por Dínamo Zagreb, Shakhtar Donetsk e Arsenal — e com uma passagem pelo Flamengo no currículo —, é nascido no Rio de Janeiro mas naturalizado no país dos Balcãs. Tem, inclusive, passagem pela seleção da Croácia. Seu peso para o futebol local foi tamanho que ele foi escolhido como novo cônsul honorário do país da União Europeia em São Paulo. O órgão tem como responsável o Consul Geral, Ranko Vilović.

Eduardo da Silva concedeu entrevista exclusiva ao Torcedores para explicar melhor a função ‘inusitada’, mas também para falar da sua carreira, de futebol croata, e, claro, de futebol brasileiro, passando pela intersecção dos dois na figura de Luka Modric, o camisa 10 do Real Madrid e ídolo máximo da seleção croata. Abaixo, você confere a primeira parte dessa conversa.

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Eduardo da Silva exalta Modric em entrevista exclusiva ao Torcedores

Torcedores –  Como chegou esse convite para ser cônsul honorário da Croácia? Em que aspectos você pretende ajudar na relação, entre os dois países, no futebol?

Eduardo da Silva: Esse convite para a função veio, com mais força, de uns dois, três anos, para cá. Então, o pessoal do consulado passou a me investigar para o posto. Saber da minha conduta, fora de campo. Creio que minha personalidade, mais discreta, ajudou também. Quanto ao meu trabalho de cônsul honorário vai ser o de estreitar relações entre os dois países, inclusive, comercial. E se eu puder fazer isso, através do futebol e outros esportes, ótimo.

Eduardo (à direita), durante evento do consulado croata “itinerante” em São Paulo. Ao seu lado, o advogado Marcos Eduardo Piva, dono do escritório Piva Advogados – Divulgação

T: – Você vê os estilos de jogo brasileiro e croata, parecidos?

E: Lá, na Europa, os croatas são conhecidos pelo jogo técnico. Bonito, de certa forma. Pudemos ver isso nas quartas de final da Copa, entre Brasil x Croácia. É claro, que eles não tem tantos talentos como aqui, mas o estilo de jogar é bem parecido.

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T: O que achou da participação da Croácia na última Copa do Mundo?

E: Achei a participação fantástica. Acredito que nem eles esperavam esse desempenho, depois do vice-campeonato na Copa da Rússia. Para um país, com menos de 30 anos de existência e com menos de 4 milhões de habitantes, dois vices (1998 e 2018) e um terceiro lugar (2022), é motivo de orgulho.

T: O técnico da Copa de 2006, falou que você era “jovem demais” para estar naquele Mundial. Como viu seu corte da lista final?

E: Na época, havia uma briga entre o presidente do Dínamo Zagreb (clube de Eduardo da Silva) e o técnico (Zlatko Kranjcar, já falecido). Ele acabou levando o Modric que era, mais ou menos, da mesma geração. Mas, na verdade, eu estava até melhor que o Modric. Tinha sido artilheiro do Campeonato Croata.

T: Depois da aposentadoria do Modric, qual o futuro da seleção?

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E: O final da carreira dele está próximo, mas a gente sempre acha que vai jogar mais um ano. Ele deixa um legado na seleção. Mais do que isso, deixa um padrão de jogo. Há jogadores com capacidade de substituí-lo, se não no mesmo nível, próximo a isso. A Croácia vai continuar disputando com chances de ganhar uma Eurocopa ou Mundial.