O Flamengo derrotou o Fluminense por 2 a 0 e avançou de fase na Copa do Brasil. No entanto, um dos destaques do clássico foi a entrevista pós-jogo concedida por Gabigol, ainda no gramado do estádio Maracanã.
O atacante rubro-negro desabafou ao conversar com Eric Faria, repórter da Globo, e culpou a imprensa por criar uma suposta crise interna de relacionamento entre os jogadores.
Em texto publicado no site UOL, nesta sexta-feira (2), o comentarista esportivo Mauro Cezar Pereira avaliou a situação.
O jornalista reconheceu que o jogador é “ídolo” e “está na história” do clube. Além disso, destacou o empenho do boleiro em campo. Para ele, contudo, as declarações não são suficientes.
“Gabigol está no papel dele, mas seu discurso não basta para desmentir fatos. Notícias sobre problemas internos ganham proporção quando um time grande está em má fase”, iniciou Mauro Cezar.
“Se vence, desaparecem. E em fases negativas, quem costuma vazar tais bastidores são os próprios atletas, por intermédio de interlocutores”, acrescentou.
Por ouro lado, Mauro Cezar reconheceu que, na crônica esportiva, há uma parte de profissionais irresponsáveis, mas observou que Gabigol não pode generalizar.
“A mídia não é um corpo único, não em um pensamento só. Ela conta com (pessoas) diferentes, inclusive profissionais sérios. E os relatos sobre as dificuldades internas do Flamengo publicados na semana são absolutamente verossímeis”, escreveu.
Por fim, Mauro Cezar destacou que, ao se posicionar de tal forma, Gabigol fez o “papel de capitão” do Flamengo.
Entretanto, “nem por isso as pessoas têm que obrigatoriamente crer que sempre tudo esteve bem dentro do Centro de Treinamentos do Flamengo”, opinou.
“E isso nem é problema, desde que em campo todos façam o melhor para o time. A vitória no Fla-Flu abre nova oportunidade. Basta que joguem bem e vençam mais e mais”, completou Mauro Cezar.
