Com presença da ex-jogadora Roseli de Belo, Museu da Diversidade Sexual organiza ação para divulgar o futebol feminino
MDS irá organizar uma partida amistosa entre times fundados por mulheres e depois promoverá uma roda de conversas para debater a modalidade
Em meio a disputa da Copa do Mundo Feminina, o Museu da Diversidade Sexual (MDS), irá organizar um evento chamado ‘Amistosa’ no próximo domingo (30), no Rancho Bora BB, localizado no bairro Barragem, em Parelheiros, na zona sul de São Paulo.
A ação tem como objetivo trabalhar na integração do futebol feminino em momento em que a categoria ganha cada vez mais visibilidade mundial.
O jogo amistoso terá os times Perifeminas e Grêmio Esperança, fundados por mulheres, como adversários.
A locução será de Chris Lima, com comentários da jornalista Lu Castro e da veterana do futebol feminino brasileiro Roseli de Belo. Depois da partida, acontecerá um bate-papo sobre as vivências e experiências das jogadoras e comentaristas sobre gênero, sexualidade e futebol.
Como acompanhar a partida
O evento acontecerá das 9h às 12h do próximo domingo (30), e para ajudar na divulgação a MDS disponibilizou um ônibus, que irá fazer o trajeto de ida e volta para as pessoas que estiverem interessadas em assistir a partida e participar da ação.
O ponto de encontro será no bairro da República, na região central de São Paulo, mas com vagas limitadas. Para mais informações basta acessar esse link.
Importância da ‘Amistosa’ e o futebol feminino
O Perifeminas é um time composto por meninas e mulheres cis fundado em 2014 por quatro irmãs que, através do esporte, buscam o desenvolvimento de atletas, e utilizam da literatura como ferramenta para dialogar em campo. “A ‘Amistosa’, nesse momento em que os holofotes estão direcionados para a Copa Feminina contribui para que possamos avançar nas questões de gênero e diversidade no futebol”, destaca Silvani Chagas, uma das fundadoras do Perifeminas.
Já o Grêmio Esperança, fundado por Lucelia Leal, mais conhecida como Neguinha, tem a intenção de ajudar meninas e mulheres que querem ser jogadoras profissionais e também aquelas que jogam por diversão, para se exercitar ou mesmo para se distrair depois de um dia corrido. “Consideramos o Grêmio uma família, pois estamos ali para ajudar em todos os sentidos. Hoje temos um mix de atletas, algumas federadas e outras que, através do esporte, superaram problemas, todas com muito amor pela camisa do time e pela bola no pé”, conta Neguinha.
“Ao promover a ‘Amistosa’ entre os times de futebol de várzea feminino, em seu espaço de atuação e origem, o Museu expressa o desejo de se fazer presente junto às comunidades com as quais deseja, além de representar, atuar em conjunto. A atividade será registrada em vídeo e áudio, gerando material de divulgação e pesquisa sobre os coletivos que têm construído o presente, contribuindo para a produção – além da salvaguarda – da memória de dissidentes de gênero e sexualidade” diz Adelaide Estorvo, coordenadora de exposições e programação cultural do MDS.
