Home DESTAQUE Depois de salvar o Vitória, Jair Ventura dispara: ‘Não sou bombeiro’

Depois de salvar o Vitória, Jair Ventura dispara: ‘Não sou bombeiro’

Treinador, filho do Furacão Jairzinho revela que sonha com um clube lhe dê mais tempo de trabalho

Emerson Silva
Jornalista com trajetória iniciada em 2007 e com passagens por instituições de destaque como o jornal Lance!, Fla TV e o Jockey Club Brasileiro. Apaixonado por contar histórias, acompanho o esporte de perto e valorizo cada detalhe para que a mensagem chegue de forma clara e interessante para quem lê.
Depois de salvar o Vitória, Jair Ventura dispara: ‘Não sou bombeiro’

Jair Ventura concedeu entrevista ao site UOL (Crédito: Jhony Pinho/AGIF/Sipa USA)

Embora não pareça, o técnico Jair Ventura, do Vitória, comemora neste próximo ano 10 anos de carreira no profissional. Depois de começar a trilhar o seu caminho no Botafogo, mesmo clube que seu pai Jairzinho Furacão brilhou, o treinador revelou que dispensa o rótulo de bombeiro. Isso porque em 2025, como em outras ocasiões, o treinador conseguiu evitar o rebaixamento do Leão no Brasileirão. Algo que parecia irreversível. Em entrevista ao site UOL, Jair Ventura só quer exercer o seu trabalho sem rótulos.

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“Eu já tive outro rótulo. Agora mudou, o retranqueiro ficou para trás, agora é o bombeiro e daqui a pouco vai ser outro. Não sou nada disso. A vida do treinador é assim, a gente tem que se inventar sempre. Eu lembro o Zagallo, o meu maior ídolo como treinador, o mais vitorioso do futebol brasileiro. Ele em 98, já com uma certa idade, falando ‘Vocês vão ter que me engolir’. Eu, um treinador jovem, começando a minha carreira, só 10 anos de carreira. O que eu não tenho que provar sempre?”

Depois do trabalho no Vitória, Jair Ventura espera ter oportunidade de ficar no clube por mais tempo. A longevidade, conforme as suas palavras, permitem a implementação de sua filosofia de trabalho. O técnico citou o português Abel Ferreira como exemplo de longevidade no futebol brasileiro.

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“Quem não quer ficar cinco anos num time como o Abel (Ferreira), mas a gente sabe que é muito difícil, mas a gente sabe que é assim que funciona, então é trabalhar para ganhar mais do que perder para você ter mais longevidade”, disse.

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Treinador elege a fuga mais marcante

Jair Ventura ainda tem o Botafogo no coração. Por isso, elegeu a fuga com o Alvinegro, em 2016, como a mais marcante de sua carreira. Naquela temporada, o Glorioso saiu de virtual rebaixado à vaga na Copa Libertadores da América do ano seguinte.

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“Cada um tem a sua particularidade, mas com certeza o Botafogo foi a chance da minha vida. Eu era muito jovem quando assumi, aquele meme já estava pronto. Já temos o primeiro rebaixado, filho do Jaizinho, não está pronto, é garoto, Botafogo já caiu. A gente dá uma arrancada e sai da zona de rebaixamento e vai para Libertadores”, relembrou.

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Jair Ventura elogia contratação de Ancelotti

Em 2017, Jair Ventura se envolveu em uma polêmica logo no início de sua carreira ao comentar a contratação do técnico colombiano Reinaldo Rueda pelo Flamengo. Na ocasião, pelo Botafogo, Jair criticou a abertura do mercado brasileiro para os treinadores estrangeiros. Passados quase nove anos do episódio, o treinador do Vitória elogiou a chegada do italiano Carlo Ancelotti à Seleção Brasileira.

Jair Ventura deixou claro que é importante trazer novos treinadores ao cenário do futebol brasileiro, mas o fato de ser estrangeiro não pode ser o fator primordial para esse acerto. A qualidade deve estar em primeiro lugar.

“É pouco inteligente você contratar um cara pela cor do passaporte. A idade também não significa nada. Com a presença do Ancelotti na seleção, a gente trouxe um dos melhores treinadores do mundo. A gente não trouxe um passaporte, a gente trouxe um cara extremamente qualificado para dirigir a maior seleção do mundo, a única pentacampeã. A porta está aberta para todos os treinadores, mas tem que ficar no mercado daqueles que são bons”, revelou.

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