Houve erro de estratégia da Polícia Militar na confusão entre torcedores do Palmeiras e Flamengo que culminou com a morte de Gabriela Anelli. Essa é a opinião de Paulo Vinícius Coelho, comentarista esportivo em sua coluna no Uol Esporte.
A morte da jovem de 23 anos, torcedora do Verdão, foi confirmada na manhã desta segunda-feira (10), pela família, através das redes sociais. Ela estava internada na unidade hospitalar Santa Casa, no Centro de São Paulo, mas não resistiu aos ferimentos.
Gabriela Anelli foi atingida no pescoço com estilhaços de vidro de uma garrafa que teria sido arremessada por Leonardo Felipe Xavier Santiago, 26 anos, torcedor do Flamengo. Ela estava próxima a uma das entradas do Allianz Parque onde aconteceu um conflito entre as torcidas do Palestra e do Rubro-Negro.
Acontece que os arredores do estádio, local onde estava a jovem estava, é de responsabilidade da Polícia Militar de São Paulo, que realiza a segurança preventiva. O órgão de segurança pública deveria ter feito a divisão das entradas de forma preventiva aos confrontos, segundo PVC.
O colunista do Uol Esporte apurou que Gabriela Anelli ingressaria no Allianz Parque pelo portão B, que fica na avenida Francisco Matarazzo. Acontece que, por conta da falta de divisão, ela prosseguia pela Padre Antônio Tomás, onde foi atingida por estilhaços de vidro, que dá acesso ao estádio para torcedores palmeirenses detentores de camarotes.
Para PVC, portanto, a Polícia Militar falhou em não realizar a separação entre os portões C, por onde entrariam os torcedores do Flamengo e o portão C1, que seria apenas para camarotes. As duas entradas têm uma distância de cerca de 500m.
O suspeito de matar a jovem, Leonardo Felipe Xavier Santiago, 26 anos, torcedor rubro-negro, foi indiciado por homicídio.
Paulo Vinicius Coelho (PVC): Morte de Gabriela teve troca de garrafadas e erro de estratégia da PM https://t.co/5e1m77q1q8
— UOL Esporte (@UOLEsporte) July 10, 2023

