Na manha de hoje (03), a CBF emitiu uma nota em seu site oficial para se rebater as declarações de João Martins, auxiliar técnico do Palmeiras.
O palmeirense fez duras críticas à arbitragem da partida contra o Athletico-PR ontem (02), dando entender que havia um “esquema” para o Palmeiras não vencer o Brasileirão pelo segundo ano consecutivo.
A CBF, então, defendeu a arbitragem brasileira e o futebol brasileiro, na qual João Martins criticou. A entidade ainda apontou xenofobia nas falas do português e disse que ele será denunciado no STJD.
Palmeiras responde
Então, algumas horas depois, em seu site oficial, o Palmeiras rebateu a nota da CBF fazendo uma série de questionamentos.
Entre eles, o Verdão questiona uma falta de tecnologia que aponte se a bola entrou ou não, relembra que o clube teve que jogar desfalcado por causa de Data Fifa, e relembra o confronto contra o São Paulo pela Copa do Brasil no ano passado, em que a linha de impedimento não foi traçada no gol do adversário.
Veja os questionamentos do Palmeiras na íntegra:
“- Por que o comunicado da CBF é endereçado exclusivamente ao Palmeiras, sendo que profissionais de outra equipe da Série A fizeram, também ontem, comentários semelhantes aos do auxiliar técnico João Martins?
– Por que a opinião de um profissional português sobre o futebol brasileiro causou tanto desconforto à CBF se a própria entidade, como é de conhecimento público, busca um treinador estrangeiro para comandar a Seleção Brasileira?
– Qual teria sido a conduta “xenofóbica” de João Martins? Elogiar a qualidade dos jogadores brasileiros?
– Se a gestão da Comissão de Arbitragem investe tanto assim em tecnologia, por que o nosso VAR é incapaz de apontar objetivamente se uma bola ultrapassou ou não a linha de gol, como aconteceu no recente duelo entre Palmeiras e Bahia, pelo Brasileiro?
– Por que o atleta Zé Ivaldo, do Athletico-PR, não foi expulso ontem, após acertar uma cotovelada na nuca do atacante Endrick, em lance revisado pelo VAR?
– Por que no jogo entre Palmeiras e São Paulo, pela Copa do Brasil de 2022, o VAR não traçou a linha de impedimento no lance que originou o gol do nosso adversário e que nos custou a eliminação? Por que a imagem da revisão desta jogada sumiu?
– Por que a Comissão de Arbitragem da CBF, presidida por Wilson Seneme, nunca pediu desculpas ao Palmeiras pelo erro grave cometido pelo VAR na Copa do Brasil do ano passado?
– Por que o Palmeiras, na rodada seguinte após a mais recente Data Fifa, não pôde contar com nenhum de seus três atletas convocados para a Seleção Brasileira?”
Clube já havia reclamado na CBF
Na mesma nota em que faz os questionamentos, no final, o Palmeiras diz que havia feito uma reclamação recente à CBF e que sempre tentou manter uma boa relação com a entidade, mas se viu surpreendido com a nota.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras, ao longo dos anos, sempre se preocupou em construir uma relação de saudável parceria com a Confederação Brasileira de Futebol. Há cerca de três semanas, a presidente Leila Pereira esteve na sede da entidade, no Rio de Janeiro (RJ), para conversar com Wilson Seneme, de quem ouviu a promessa de melhorias imediatas na arbitragem.
Na semana seguinte, o vice-presidente da Comissão de Arbitragem, Emerson Carvalho, e o gerente técnico do VAR, Periclés Bassols, chegaram a realizar uma palestra para os profissionais do clube na Academia de Futebol, também com a presença da presidente Leila Pereira.
Contudo, diante da nota oficial divulgada pela CBF e dos reiterados erros graves cometidos contra o Palmeiras, entendemos ser este o momento oportuno de demonstrar, em público, a nossa indignação. Não queremos ser beneficiados, mas exigimos que as regras sejam aplicadas com isonomia”, escreveu o clube.

