A zagueira Nilla Fischer vestiu as cores da seleção sueca nos Mundiais de 2007, 2011, 2015 e 2019. Através da sua autobiografia, a jogadora revelou detalhes perturbadores sobre como algumas atletas foram obrigadas a mostrar a genitália a uma fisioterapeuta durante a Copa do Mundo de 2011, sediada na Alemanha, com o fim de provar o seu gênero.
Nilla Fischer comentou incidente perturbador
Aos 39 anos, a zagueira sueca representa o Linkopins, um clube do sul da Suécia. Na sua autobiografia relembrou incidente traumático no Mundial da Alemanha. Os testes foram classificados como “doentios e humilhantes” e tiveram como alvo diversas atletas, gerando protestos da Nigéria, Gana e África do Sul, veja passagem do texto:
– Fomos informadas de que não deveríamos raspar “lá embaixo” nos próximos dias e que mostraríamos nossa genitália ao médico (…) Pensamos: ‘Por que somos forçadas a fazer isso agora? Deve ter outras maneiras de provar o gênero? Devemos recusar? Mas, ao mesmo tempo, ninguém queria arriscar a oportunidade de jogar uma Copa do Mundo. Tem que fazer, não importa o quão doente e humilhante pareça.
A onda de protestos de algumas seleções após a prática no Mundial de 2011 repercutiu em ações da FIFA. A Federação estabeleceu políticas que continuam presentes até o momento para o reconhecimento de gênero. Na atualidade, cada seleção emite um documento estabelecendo que as atletas que disputarão a competição são “do gênero apropriado”.
Histórico de Fischer
Nilla Fischer teve quatro participações em Copas do Mundo (2007, 2011, 2015 e 2019) representando a Suécia. Pelos Jogos Olímpicos, representou o seu país em três edições (2008, 2012 e 2016), na competição do Rio de Janeiro foi parte do plantel que conquistou a medalha de prata.

