A arbitragem brasileira vive uma péssima fase no futebol com muitos erros e decisões polêmicas e equivocadas em praticamente todos os jogos. Para o comentarista Mauro Cezar Pereira, um dos fatores que podem ter feito aumentar a pressão nos apitadores é o espaço dado a arbitragem nas transmissões e programas de TV.
Em participação no programa “Bate Pronto”, da Jovem Pan, o jornalista criticou a transmissão da ESPN no duelo entre Manchester City x Arsenal, no último domingo (6) pelo espaço dado aos comentários sobre a arbitragem na partida.
“Os comentaristas de arbitragem aqui no Brasil, foi dada a eles uma relevância que não têm. Ontem (domingo), eu estava assistindo ao jogo da Supercopa da Inglaterra, Manchester City contra o Arsenal. O começo do jogo, os comentários sobre a arbitragem ocuparam um tempo maior do que os comentários sobre o jogo”, criticou Mauro Cezar.
“Por que ela faz isso? No caso era uma comentarista. Porque é dado esse espaço. Porque não tem ninguém para falar assim: ‘Você entra para falar de lances capitais'”, observou o jornalista.
Para Mauro Cezar, os ex-árbitros deveriam apenas participar das transmissões para trazer informações relevantes.
“Ninguém quer saber o perfil do árbitro inglês, se tem quantos anos, se dá cartões… a não ser que ele comece a dar cartão e você fala: ‘No contexto, ele mostrou o oitavo cartão. Esse cara é o que mais mostra cartão na Inglaterra’. Aí há uma relevância, é uma informação.”
Segundo Mauro Cezar, a “culpa” por esse espaço exagerado dado aos ex-árbitros nas transmissões é da TV Globo, que começou a trazer as análises nas coberturas esportivas.
“Mas não, falasse por falar. E a culpa não é de quem está falando, não. É de quem cria esse tipo de situação. Isso começou com a Globo. Aí vai dando uma importância que o árbitro não tem. Ele é um coadjuvante total. Ninguém vai ao estádio de futebol ver o árbitro. Ninguém liga a TV, o computador ou o celular para assistir a uma partida de futebol pensando: ‘Nossa, como é que vai trabalhar o árbitro hoje… estou curioso para ver a arbitragem do fulano de tal. Ninguém quer saber”, finalizou Mauro Cezar.
