Home Futebol Amaral fala que Luxemburgo aceitava pitacos dos jogadores na escalação do Palmeiras de 1993

Amaral fala que Luxemburgo aceitava pitacos dos jogadores na escalação do Palmeiras de 1993

Ex-volante do Verdão abriu o jogo sobre os bastidores do elenco no período entre 93 e 94

Rafael Alaby
Rafael Alaby é jornalista diplomado pela FIAM (Faculdades Integradas Alcântara Machado), com passagens pela Chefia de Reportagem de Esportes, da TV Bandeirantes, em São Paulo e site KiGOL. Pós-graduado em Jornalismo Esportivo e Negócios do Esporte (FMU)

O ex-volante Amaral fez parte de um dos times mais vitoriosos da história do Palmeiras. Ele integrou aquele elenco que foi campeão paulista e brasileiro, ambos em 93. Durante participação no programa “Estádio 97”, da Rádio Energia 97, o ex-jogador contou que Luxemburgo aceitava inteferência dos jogadores na escalação do time.

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“Na minha época no Palmeiras eu nunca fui estrela. Mas tinha um monte. Em 93 e 94 tinham dois grupos, o da frente que mandava e o do meio que brigava. O da frente tinha César Sampaio, Zinho, Antônio Carlos, Evair, Mazinho e Cléber. O do meio tinha Roberto Carlos, Edmundo, Sérgio, Veloso, Jean Carlos e o Maurílio”, iniciou Amaral, que em seguida entrou em detalhes sobre os pitacos dos companheiros na escalação. Ele, inclusive, foi ‘beneficiado’.

“O grupo da frente queria escalar. Em 93, os caras me chamaram no quarto, achei que iriam me batizar. Os caras me ligaram: ‘Amaral, venha no quarto, agora’. Pensei: ‘vou pegar uma faca’. Botei a faca na cintura e fui. Abri a porta do quarto e os caras estavam tomando vinho com copo, falando do jeito que o time tinha que jogar e que iriam falar com o professor pra me colocar pra jogar. Naquela época, o Daniel Frasson não estava legal e eu jogava na lateral-direita. Eles falaram: ‘tu vai jogar, se você não correr pra nós, vai voltar pra pegar defunto’. Falei pra ficar tranquilo que iria correr pra todo mundo”, contou.

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Amaral contou que Luxemburgo, ainda em início de carreira como treinador, estava ciente dos pitacos na escalação.

“O Luxemburgo aceitava que aquele grupo escalasse o time. Aí o mérito é do treinador, mas às vezes eles faziam a reunião à noite. Estava errado e o treinador não sabia. Mas depois que ele ganhou o Paulista de 93 e em seguida ganhou o Brasileiro ele já ficou com muita moral”, encerrou.

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