O técnico Jorge Vilda demorou 16 dias para ser demitido depois de conquistar a Copa do Mundo Feminina. Em comunicado oficial da Federação Espanhola de Futebol (RFEF) nesta terça-feira (05), o comandante deixa o posto após oito anos.
Vale lembrar que Vilda, além de ser o treinador, ocupava também o cargo de diretor esportivo da Fúria. A nota emitida pelo órgão espanhol destaque que a saída é “uma das primeiras medidas de renovação” anunciadas pelo presidente interino, Pedro Rocha, que assumiu o comando da entidade após Luis Rubiales ser afastado por 90 dias pela Fifa, por conta do polêmico beijo dado em Jenni Hermoso na premiação da final da Copa. O episódio rendeu uma investigação disciplinar contra o dirigente.
Não é segredo para ninguém que o técnico tinha diversos problemas com as jogadoras da seleção. Em setembro do ano passado, 15 atletas participaram de um abaixo-assinado contra o comandante, pedindo sua demissão por conta de seus métodos de trabalho e a forma que tratava suas comandadas. Apesar do apelo, ele seguiu no cargo com o apoio da Federação.
O “contrangimento” entre treinador e jogadoras era nítido, seja em campo ou nas entrevistas coletivas. Na cerimônia de premiação do título, com a entrega das medalhas de ouro, o afastamento ficou mais escancarado ainda.

