O ex-goleiro Clemer, em entrevista ao ‘Charla Podcast’, falou sobre o futebol brasileiro, os craques que não temos mais e ainda sobre a vinda de Carlo Ancelotti para comandar a seleção brasileira.
Clemer começa falando do futebol brasileiro “O nível do nosso futebol caiu muito, está muito ruim, e dou um exemplo bem simples, pegamos a seleção brasileira de anos passados, quantos craques tínhamos, jogadores que decidiam, aí pegamos hoje, é só o Neymar, e ‘cheio’ de problemas, não tem outro. Vinícius Júnior? Ainda é um bom jogador, mas não chega a ser um craque, um fora de série”, pontua Clemer.
Para Clemer, a essência do futebol brasileiro está sendo ‘destruída’ por esse pessoal que vem de fora, pois o que prevalece é o esquema tático, não é individualidade, não é improviso do jogador.
“O jogador brasileiro é improviso, evidentemente ele tem que ter obediência tática, mas temos que usar essa coisa diferente que temos, por isso somos pentacampeões, é o improviso que fez a gente ter tantos títulos, é a genialidade dos nossos jogadores”, fala Clemer.
Nesse sentido, Clemer ainda fala sobre como tudo está robotizado, tudo é transição pra cá, transição pra lá, e a essência do futebol brasileiro acabou.
Ancelotti deveria ter como prioridade a seleção brasileira
Sobre o técnico italiano Carlo Ancelotti, que deve assumir a seleção brasileira no ano que vem, para Clemer, isto é um erro.
“Vamos lá gente, pega um cara lá de longe, que não está focado aqui, o Carlo Ancelotti eu não vejo com ‘bons olhos’, pois seleção brasileira tem que ser prioridade, não é uma seleção pequena, é a maior seleção do planeta e tem que ser prioridade do treinador, aí ele não dá resposta e a gente não sabe se vem ou não, por favor, deixa o Diniz trabalhar, ele tá aí já, se lá na frente não der certo, a gente vai pensar”, reclamou Clemer.
Por fim, Clemer deixa claro que temos que valorizar a seleção brasileira, não esperar a boa vontade de um técnico estrangeiro.