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Revelado pelo Figueirense, o ex-lateral-esquerdo André Santos teve carreira de sucesso, tendo também defendido no Brasil o Corinthians e o Flamengo, clubes de maiores torcidas. No país, ele ainda atuou por Atlético-MG e Grêmio.
Foi no Timão que André Santos viveu os melhores momentos da carreira com atuações destacadas nas campanhas dos títulos paulista e da Copa do Brasil, ambos em 2009, além da Série B do Brasileirão em 2008.
O ex-lateral ficou em cima do muro e não quis apontar o melhor técnico com quem trabalhou durante a carreira.
“Tive grandes treinadores. É até delicado falar isso da minha parte. Trabalhei com excelentes, como Luxemburgo, Mano Menezes, Arsene Wenger, Felipão, Zico, Cuca, Celso Roth, Dorival Júnior… Poxa, são treinadores que, além de serem bons, são pessoas incríveis que tenho amizade até hoje, carinho, relacionamento… Isso é bom. Não consigo citar um treinador só. Aprendi muito com todos eles”, afirmou André, em entrevista ao Podcast Pod Pai Pod Filho, que irá ao ar a partir das 19hh da noite desta segunda-feira (25), no canal do SBT no Youtube.
No entanto, o ex-jogador admitiu carinho especial por Mano Menezes com quem trabalhou no Corinthians. Segundo ele foi o treinador quem o fez a ser um grande lateral no Timão.
“O Mano Menezes, talvez, um pouco mais, um passo na frente. Por quê? É um dos caras que me ensinou a construir a minha posição de lateral-esquerdo. No Corinthians, ele me fez um grande lateral. Acabei jogando bem, ele me dando e eu pegando confiança e aprendendo até ir para a Europa. É um cara que tenho um carinho enorme, porque me ensinou muitas coisas. Ele me falava: ‘André, você não precisa atacar sempre. Vai três vezes, mas vai com qualidade. Sua posição é lateral-esquerdo. A primeira função de um lateral é marcar, então, você marca e se for três vezes com qualidade ao ataque no primeiro tempo, você vai dar um cruzamento, fazer um gol ou uma grande jogada e no segundo também. Então, assim, muitas coisas aprendi com o Mano que foram bacanas. Graças a ele cheguei à Seleção e fui tão longe”, acrescentou.
André Santos teve experiências no exterior, tendo passagem por Arsenal-ING, da Inglaterra, Fenerbahce e Boluspor, ambos da Turquia, FC Will, da Suíça, e FC-Goa, da Índia.
Durante o bate-papo, André Santos foi questionado sobre as principais diferenças do futebol brasileiro para o europeu e não teve dúvidas em apontar o respeito como um dos principais fatores que levam os jogadores a partir para o Velho Continente, sem é claro de deixar de citar a questão financeira.
“Primeiro é o respeito. O atleta de futebol lá consegue ter uma vida mais tranquila perante a comunidade e os torcedores… Por isso todos querem jogar lá, tem esse glamour. Você consegue perder o jogo e se sentar em um restaurante para tomar um vinho, por exemplo, comer uma massa. Qual é o problema? Você não é um robô, não é feito só para vencer. É um ser-humano, que treina todos os dias, como os da outra equipe também, e você pode perder e ganhar a todo o momento”, analisou.
“Acho que o fato do respeito é um ponto primordial. Por isso a maioria dos atletas querem começar no Brasil e ir embora para a Europa. E tem a questão financeira. Muitos atletas querem fazer o seu pé de meia. Ganhar em euro é indiscutível. Em euro, o atleta vai encurtar muito a carreira para realizações da família dele. A maioria das pessoas de fora olham os atletas como mercenários. Não, eles querem resolver a vida das famílias deles e o futebol, querendo ou não, é um dos caminhos mais fáceis para você resolver a vida da sua família o mais rápido possível”, acrescentou.
André Santos reside em Florianópolis e possui investimentos em diferentes ramos.
“Segui algumas vertentes, como montando alguns negócios e usando aquilo que eu criei ao longo da minha carreira jogando futebol. Criei um elo muito grande com a mídia, os amigos, faz muitas relações e eu procuro usar isso no meu dia a dia para fazer o meu networking, o meu trabalho”, explicou.
