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Com passagem relâmpago pelo Santos, o técnico Lisca ficou apenas oito jogos no comando da equipe, em 2022.
Após o Peixe ser eliminado na Copa da Sul-Americana, o treinador foi anunciado como substituto de Fabián Bustos, em julho.
Em setembro, após três empates, três derrotas e apenas duas vitórias, totalizando 37,5% de aproveitamento, Lisca foi demitido do Santos.
Em entrevista ao ‘Charla Podcast’, o treinador abriu o jogo e revelou detalhes sobre a passagem no clube da Vila Belmiro.
“Primeiros cinco jogos, 15 pontos, eu fiz oito, 56% de aproveitamento, só o Diniz largou melhor que eu no Santos”, iniciou o Lisca, que, logo em seguida, questionou a falta de aceitação.
Em seguida, o treinador usou o início de outros comandantes do Brasileirão Série A que tiveram os primeiros jogos com desempenho abaixo da campanha dele pelo Peixe: Felipão no Atlético-MG; Coudet no Internacional; e Luxemburgo no Corinthians.
“Mas o Lisca é que não prestava, o Lisca que não tinha aceitação”, desabafou o treinador se referindo a mídia e aos torcedores do Santos.
Sobre a aceitação dos jogadores, o técnico disse que a relação é mais tranquila e que logo eles sabem se o treinador ‘tem capacidade, tem conteúdo, vai ajudar ele ou não’.
“Agora, a mídia hoje está muito difícil de aceitar a nova geração”, disparou Lisca.
Falando da ‘nova geração’, o treinador disse que eles sofrem com a falta de sustentação para ‘aguentar a porrada’.
Ainda sobre a passagem pelo Santos, Lisca disse que até hoje é cobrado pelo desempenho no comando da equipe.
“Desde que eu saí do Santos, nenhum profissional conseguiu contra times da Série A mais aproveitamento do que 38% que foi o meu aproveitamento, baixo, que eu realmente achei baixo”, apontou sobre a passagem no Peixe.
“Cheguei no presidente e disse ‘não vai dar, vou me embora, a pressão está muito grande, não tem aceitação, então estou incomodando os jogadores, estou incomodando o senhor'”, revelou Lisca.
“Isso é só um exemplo do que a gente passa muitas vezes, mesmo com números bons, e continuam ‘me dando pau’, hoje eu sou referência do pior treinador que passou pelo Santos e os números mostram exatamente ao contrário”, disparou o técnico.
Técnicos no Santos após Lisca
Após a saída de Lisca, o Santos terminou a temporada de 2022 com Orlando Ribeiro, interino, no comando da equipe.
Foram 11 jogos até o fim do Brasileirão Série A: seis derrotas, quatro vitórias e um empate.
Para a temporada de 2023, o Peixe definiu Odair Hellmann como novo treinador; foram 34 partidas pelo clube: 11 vitórias, 12 empates e 11 derrotas.
Em seguida, em curta passagem, o Alvinegro praiano teve Paulo Turra como técnico que, após sete partidas e 29% de aproveitamento, deixou o time.
Atualmente, Diego Aguirre é quem comanda a equipe da Vila Belmiro; até agora são cinco jogos e apenas uma vitória no Campeonato Brasileiro.
